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19 de abr. de 2007

Carta de João Avelino para Nilmário Miranda

Caro companheiro Nilmário:

O PT se afastou das bases e da formação de filiados. Não sei precisar a data. Parece-me na era Zé Dirceu e sua política de resultados. As conseqüências maléficas vieram a tona nas eleições municipais de 2004. Espelho-me no Norte de Minas, onde o “coronelismo” sempre foi situação, tanto na esfera Estadual como na Federal. Mesmo mantendo as rivalidades municipais, a nível de interesses políticos e econômicos.
Isso se reafirmou na eleição para Governador e Presidente em 2006.

Os Prefeitos norte-mineiros mantiveram a fórmula política urdida no Brasil Colônia, passando-se incólume no Império e na República. Na Ditadura de 64, ela foi preservada no bipartidarismo, com a adoção de sublegendas para acolher e acomodar no Partido Governista as correntes tradicionalmente rivais no Município.

Caro Nilmário, os Prefeitos do PT e outros companheiros exageraram na dose de adesismo na última eleição.

As políticas sociais do Governo Federal foram implementadas nos Princípios Republicanos. O Governo Estadual aproveitou-se dela e a capitalisou, com o controle e uso da mídia, ao inverso de nossos Prefeitos, sejam do PT ou aliados, preferindo o adesismo a reeleição do Governo do Estado, desprezando o candidato próprio no Estado, sob o falso pretexto de assegurar a reeleição de Lula. Foi infidelidade partidária e deslealdade política, dos nossos e aliados, e oportunismo dos adversários face a decisão irrevogável do povo na manutenção do PT na Presidência para continuar e aprofundar as mudanças políticas, econômicas e sociais, dentro de uma perspectiva de avanço e nunca de retrocesso.

O procedimento de Prefeitos e aliados foi um retrocesso. A fala do Presidente da AMAMS, em uma emissora de rádio local dias atrás, joga por terra o argumento de que a adesão a candidatura à reeleição de Aécio fora para favorecer Lula. Disse ele mais ou menos nestes termos: “Nosso apoio a Lula não foi porque queríamos, ma sim porque o povo de nossos municípios já tinham decidido e o Prefeito do contra era botado para correr”.

É preciso aprofundar a discussão interna e externa para a correção de rumos e enquadramento de pessoas. Não se pode ficar igual a vaca que dá 10 litros de leite e depois dá um coice no balde.

Parabéns pelo livro, ora lançado, que é o reflexo da sua história, da sua luta.

Saudações Petistas.

João Avelino Neto

Um comentário:

Beto Batista disse...

Concordo plenamente com o companheiro João Avelino. Pena o Diretório Estadual não ter tomado providências sérias em relação aos prefeitos "traíras" do povo e do Partido. Inclusive, ter exulsado um então candidato a dep. estadual no Norte de Minas e infelizmente hoje deputado, que de forma desavergonhada, com direito a destaque na grande imprensa, fez campanha para Aécio e para Rodrigo de Castro do PSDB.
Ainda há tempo, as provas estão aos olhos de todos.