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Os interlocutores nomeados pelo governo do Estado para negociar com os policiais têm “desrespeitado” as lideranças da categoria, até mesmo, com ameaças.
Na verdade, estes interlocutores parecem não estar levando o assunto muito a sério. A situação está prestes a sair do controle. A atitude do governador Aécio Cunha neste episódio demonstra seu total despreparo para lidar com a crise. Assessores mais próximos do governador chegam a dizer que nestes momentos falta lucidez a Aécio, devido à sua lamentável dependência química.
É necessário que o governo federal faça uma análise profunda e decida se já não é o momento de uma intervenção federal, uma vez que, o Legislativo e o Judiciário mineiro não têm demonstrado vontade para agir. Pouco a pouco, nossas instituições estão entrando em colapso, sem que a sociedade mineira tome conhecimento dos fatos que estão ocorrendo. A mordaça sobre a imprensa não tem permitido qualquer divulgação. O comportamento do atual governo tem afrontado todas as garantias constitucionais do Estado Democrático de Direito. Amigos do governador dizem que o que estão fazendo com ele é desumano, pois já não existe condição de saúde para Aécio governar. São os grupos palacianos que dividem as benesses do poder que estão tomando todas as decisões. É necessário que se afaste a hipocrisia e se reconheça publicamente a enfermidade do governador, o submetendo a um tratamento. Reconhecidamente, a dependência química é uma doença que tem tratamento e cura. O que não podemos é continuar fingindo que nada está acontecendo, até que o pior aconteça, inclusive com o governador.
A ganância pelo poder de alguns dos familiares de Aécio necessita ser contida. Alguém tem que assumir as negociações com as polícias, debelando a crise já instalada. Não é possível que o exemplo do ocorrido no governo de Eduardo Azeredo não baste.
A antiga secretaria de Segurança Pública deve retomar suas funções, comandada por alguém menos comprometido com a criminalidade e mais comprometido com a Polícia Civil. As secretarias da Fazenda e de Planejamento devem sair das mãos dos empresários, sabidamente privatizantes, que tudo fazem para inviabilizar e acabar com o Estado.
O afastamento dos grupos de “Andréa” e dos “Borges da Costa” permitiram que a moralidade volte à Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig).
Sabemos do risco que estamos correndo ao publicarmos esta notícia. Porém, no futuro, não poderão nos acusar de cumplicidade e omissão.
Fonte: Novo Jornal AQUI
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