A Polícia Federal (PF) apreendeu dossiês, fotos, vídeos e documentos na casa do ex-vice-presidente do Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região, desembargador federal José Eduardo Carreira Alvim. Ele foi preso na sexta-feira passada com mais 24 pessoas pela PF durante a Operação Hurricane (furacão, em inglês), que investiga um esquema de venda de sentenças judiciais para beneficiar a máfia de jogos.
Segundo a Folha Online, fontes da PF afirmaram que os documentos apreendidos apontariam ao envolvimento de mais cinco desembargadores com o esquema. De posse dessas provas, a polícia deve pedir a prisão temporária de outras 40 pessoas.
Para a PF, Carreira Alvim vinha montando esses dossiês por dois motivos: ele queria se proteger e tentava conseguir apoio para virar presidente do TRF da 2ª Região.
No depoimento que prestou para a PF, Carreira Alvim disse que montou esses dossiês porque estava investigando o esquema. Mas a PF o confrontou informando que possuía gravações que mostrariam seu envolvimento direto com a máfia dos jogos.
A operação atingiu magistrados, bicheiros, policiais, empresários, advogados e organizadores do Carnaval do Rio. Eles são acusados de praticar os crimes de tráfico de influência, corrupção passiva e ativa, quadrilha e lavagem de dinheiro. Também foram presos o desembargador federal José Ricardo de Siqueira Regueira, também do TRF da 2ª Região; o juiz Ernesto da Luz Pinto Dória, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15ª Região, e o procurador regional da República do Rio João Sérgio Leal Pereira.Há ainda um grupo de suspeitos ligados à cúpula do Carnaval do Rio de Janeiro. São eles: o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), Ailton Guimarães Jorge, chamado de capitão Guimarães; um sobrinho dele, identificado como Júlio Guimarães; o presidente do conselho da Liesa e presidente de honra da Beija-Flor de Nilópolis, Aniz Abraão David; além o bicheiro Antonio Petrus Kalil, o Turcão, de Niterói.
A PF considera já ter reunido elementos suficientes para pedir a prisão preventiva dos 25 presos. O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a prorrogação da prisão temporária deles.
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