O massacre na Universidade Técnica da Virgínia, na cidade de Blacksburg, nos EUA, levantou uma questão que, em todos os comentários e reportagens, está se sobrepondo à tragédia em si: por que esse tipo de ataque enlouquecido acontece com tanta freqüência - e muito mais do que em qualquer outra parte - no país mais rico e poderoso do mundo?
Evidentemente vão dizer que no Brasil acontecem crimes violentos muito mais chocantes. O assassinato do menino João Hélio, arrastado até a morte por um carro dirigido por bandidos, excede muitas vezes em selvageria o massacre de dezenas de pessoas ontem nos EUA. Contudo, havia uma motivação para o crime - os bandidos queriam roubar o carro. Ainda que tenham agido como feras, não fizeram o que fizeram a troco de nada. Os EUA são o país dos "serial killers" e dos massacres em série. Hollywood retrata essa realidade americana. Em resumo: a quantidade de psicopatas que há por lá, é a maior do mundo. Descobrir o por que disso, não é fácil. Mas tem-se alguns indícios. Os americanos são um povo violento por natureza. Dizem que o belicismo, que a tendência deles para a violência decorre do cinema que se faz nos EUA. Eu já acho o contrário: penso que os filmes que eles gostam de ver e até os esportes violentos que gostam de praticar são características de um povo guerreiro. São conquistadores porque amam a violência ou amam a violência porque são conquistadores? A ferocidade americana talvez seja menor do que a cultura, do que a tecnologia, do que tudo de bom que aquela sociedade produz, mas é maior do que em qualquer outra parte. É responsável pelas conquistas e pelos sofrimentos dos americanos. Por isso eles vivem em guerra. Tenho 47 anos e não me lembro de algum momento em que não guerreavam com alguém. Guerras Mundiais, da Coréia, do Vietnã, do Iraque.... Parece-me óbvio que a sociedade americana paga o preço de cultuar a violência.
Apesar da tragédia na Universidade Politécnica da Virgínia, um de seus alunos, o montesclarense Victor Wanderley (foto), filho do empresário montesclarense Saulo Wanderley, declarou à imprensa paulista e carioca que se sente mais seguro nos Estados Unidos do que no Brasil. A notícia foi veiculada inicialmente na Inglaterra, através da BBC. "Ainda acho que aqui é mais seguro. Passo todas as minhas férias no Brasil (em Minas Gerais). Quando estou na rua no Brasil, sinto mais insegurança do que aqui", afirmou o estudante de engenharia civil, de 19 anos.
Fontes: cidadania.com e montesclaros.com
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