A juíza Ana Paula Vieira de Carvalho, da 6ª Vara Criminal Federal do Rio, afastou o segredo de Justiça do processo de 21 presos na “Operação Furacão”.
Após o desmembramento do caso, separando as pessoas com foro especial, cujo futuro será decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e os outros investigados, o Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro denunciou 24 pessoas no último dia 20. Além dos 21 presos no dia da operação, foram denunciados os três tesoureiros dos contraventores Capitão Guimarães, Anísio e Turcão.
De acordo com informações da Folha Online, a juíza utilizou como argumento para sua decisão "o indubitável e legítimo interesse público na apuração e acompanhamento dos fatos". As partes anteriores, em que constam relatórios das escutas telefônicas, foram mantidas sob sigilo.
O juiz Ernesto Pinto Dória, preso pela PF, diz, em conversas gravadas, que pediu ao empresário João Roberto Marinho, vice-presidente das Organizações Globo, que o Jornal Nacional não noticiasse que o bicheiro Antônio Petrus Kalil, o Turcão, era suspeito de ter contribuído para a compra de dossiê contra tucanos na campanha eleitoral de 2006. Nenhuma das conversas gravadas foi mantida com o empresário.A Central Globo de Comunicação disse que "não é a primeira vez nem será a última que alguém se vangloria falsamente de ter influência sobre o noticiário da TV Globo". Em comunicado, afirmou: "Além desse pedido nunca ter existido, basta examinar nossa cobertura para comprovar que isso não procede. O Jornal Nacional não só citou o Turcão como deu o furo no dia 18 de outubro passado".
A Rede Globo informou que Dória trabalhou na assessoria do jornalista Roberto Marinho (1904-2003), que presidia as Organizações Globo. Em seu currículo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em Campinas, Dória fez constar a informação de que trabalhou como assessor especial de Marinho de 1975 a 1985.
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