
Ganho fácil em negócios somado a regalias em licitações, tem transferido patrimônio público mineiro para “Corte Del Rei”
Embora Minas Gerais seja hoje um Estado pertencente a república, sua administração é feita como no Império, onde a família real escolhia os barões que dividiam as benesses e as riquezas da colônia, criando a corte. O endividamento de Minas já assusta
A liquidação judicial do Banco Open, que faliu nos anos 90, acabou muito mal para o governo de Minas Gerais. Ex-maior credor do banco, o Estado vendeu seus créditos em leilão privado, por R$ 1,7 milhão, em julho de 2006. A liquidação estava na reta final. No mês passado, a Justiça do Rio pagou R$ 12,4 milhões pelos créditos.O ganho de R$ 10,7 milhões foi embolsado pela MPL Asset Management, que lucrou 630% com o negócio, em sete meses. A empresa é registrada em um paraíso fiscal em nome do brasileiro Antonio Pinheiro Maciel. A sede da empresa, indicada em documentos da MPL está localizada em Nova York.
Os créditos pertenciam à estatal MGI - Minas Gerais Participações, subordinada à Secretaria Estadual de Fazenda. A empresa tem como acionistas o governo de Minas, o Banco de Desenvolvimento do Estado e a Cemig, da qual o Estado é também acionista.

O intermediário na operação Luiz Paulo Koossmann é conhecido no Rio de Janeiro como operador dos negócios de Alexandre Accioly, que de forma oficiosa representa o governador Aécio Cunha.
Se realmente a Diretora-geral da MGI Participações quisesse, poderia ter anulado a operação em 2006, porém ela mesma informou que, “sequer sabia dos acontecimentos”. É muita falta de pudor e responsabilidade com o patrimônio público mineiro.Os R$ 10,7 milhões que a MGI perdeu ao vender os créditos, equivalem aos dividendos que a estatal distribuiu a acionistas em 2006.
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