Banco usa dinheiro do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para financiar plantio de eucalipto
Dafne Melo - da Redação do Brasil de Fato
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DINHEIRO DO TRABALHADOR
Dados específicos sobre empréstimos para plantio de eucalipto - fornecidos pelo BNDES a pedido do deputado federal Adão Pretto - mostram que, apenas para o setor, foram destinados R$ 1,2 bilhões, entre 1999 e 2006. Somente a Aracruz, maior empresa do ramo, com 30% do mercado mundial, abocanhou pouco mais de R$ 500 milhões. Para Görgen, a instituição financeira está fazendo “uso do dinheiro público para promover a anti-reforma agrária”. No Rio Grande do Sul, a Aracruz, a Votorantim e a Stora-Enzo compraram, em quatro anos, 250 mil hectares com o dinheiro do BNDES. No mesmo período, governos federal e estadual desapropriaram apenas 230 mil hectares para a reforma agrária. Outro agravante é que esse empréstimo especificamente foi feito com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). “Foi uma opção do Banco de usar essa linha de financiamento que não obriga à empresa a contratar empregados, muito menos a manter vínculo empregatício com os que lá já estão. É uma contradição do Banco usar recursos do FAT para empresas que não vão investir em empregos no campo”, opina Adão Pretto. As contradições não param por aí. O BNDES, que possui 12,5% das ações da Aracruz, concedeu às empresas períodos de carência e amortização da dívida de até nove anos, além de juros que vão de 1,9% a 5%, no caso dos empréstimos para novos plantios. O longo período oferece um negócio sem risco para as empresas, já que o primeiro corte do eucalipto é feito sete anos após o plantio.
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