O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), inicia seu mandato com amplos poderes, inclusive sobre a Assembléia Legislativa, agora subjugada a suas determinações com base em 60 leis delegadas pelo Executivo e sem direito a interferência do Legislativo. A intenção do governador é realizar uma reforna administrativa, que vai incluir 500 cargos comissionados aos 13.800 já existentes. Enquanto Aécio reclama da diminuição da receita de impostos do estado causado pelo PAC de Lula, simultaneamente articula uma "reforma" que deixará o custo de operação do Governo do Estado mais caro em R$ 50 milhões por ano.
Blindado pela imprensa, o tucano se utiliza do mesmo expediente de Chávez, Presidente da Venezuela, anunciado com tanto escândalo e estardalhaço pela mídia brasileira. A quesão, agora, não é se o enfraquecimento do Legislativo é bom ou ruim para a democracia. Com certeza é ruim, indiscutivelmente. O que chama atenção e clama por esclarecimento, é o posicionamento da imprensa, totalmente a favor de um, e totalmente contra outro, quando se considera uma ação isolada perfeitamente igual, adotada por ambos os lados. Por que Chávez não pode, mas Aécio pode?
Sem dúvida, a democracia e o povo perdem quando um dos três poderes se enfraquece. Mas perde mais, com certeza, quando a imprensa não é livre, ou não tem interesse de ser.
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