*Rudá Ricci
A esquerda militarizada
Não é incomum à história da esquerda latino-americana certa intimidade com as estruturas militares. Quase sempre, este vínculo distorce a ideologia de ambas as partes. No caso brasileiro, esta aproximação – que teve em Prestes o dirigente-emblema que liderou o levante dos tenentes na década de 20 e, depois, se tornou o maior dirigente comunista do Brasil, até sua morte – gerou uma inusitada aproximação do discurso marxista com o positivismo.
O filósofo brasileiro Leandro Konder chegou a estudar como este sincretismo baniu qualquer raciocínio dialético das teses dos partidos de esquerda que se aventuraram por esta trincheira. Tudo se resumiu à escatologia, onde o futuro humano estaria predestinado.
Hugo Chávez já escreveu mais uma página desta estranha história que militariza o projeto de esquerda na América Latina. Se ser esquerda, no século XXI, é manter a defesa da igualdade social e agregar a defesa do desenvolvimento sustentável e da democracia participativa, o presidente venezuelano tenta se inscrever nesta agenda de maneira insólita. Como se estivesse enfrentando o mesmo dilema de Sísifo.
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Rudá Ricci é Sociólogo, Doutor em Ciências Sociais, Coordenador do Instituto Cultiva e membro do Comitê Executivo Nacional do Fórum Brasil do Orçamento.
E-mail: ruda@inet.com.br Site: www.cultiva.org.br
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