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5 de mar. de 2007

Não existe segurança no interior mineiro

O governo deixou a população do interior entregue à própria sorte. Sem segurança os seqüestros e assaltos se multiplicam
As diversas ocorrências policiais noticiadas nos últimos 60 dias, que vão de seqüestro a assalto a banco, demonstram claramente que não existe qualquer estrutura na área de segurança no interior de Minas.
A lógica de que a capital e regiões metropolitanas do estado seriam a caixa de ressonância da sociedade mineira vale apenas para um projeto de mídia de publicidade, ou seja, as campanhas de propaganda veiculadas pelo governo mineiro tentam passar para a sociedade a imagem de que em Minas a área de segurança é primorosa.
Porém, a realidade é outra. A população do interior de Minas Gerais está entregue à própria sorte, pois apenas na capital a polícia militar e civil tem uma razoável infra-estrutura.
As delegacias de Belo Horizonte foram reformadas e algumas situadas na zona sul da cidade podem ser consideradas luxuosas. Porém, ao afastar-se da capital, já na região metropolitana, percebe-se o abandono da área.
O governo mineiro prefere investir na propaganda, gastando na área quase o dobro do investido em segurança pública.
A dotação orçamentária para a área de comunicação do governo mineiro chega a quase 3% do valor total do orçamento, enquanto à segurança pública não passa de 1,5%. Isto sem dizer que as empresas estatais mineiras investem perto de R$ 100 mi por ano em propaganda.
A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) está fazendo uma concorrência de R$ 40 mi e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) tem hoje contrato com uma agência de propaganda de outros R$ 40 mi. O restante fica por conta do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Departamento de Obras Públicas (Deop), Loteria Mineira, Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), que têm um orçamento “secreto”.
Estatutariamente a Codemig pode fazer tudo, até mesmo investimentos no exterior sem dar qualquer satisfação à Assembléia Legislativa Mineira. A diminuição da estrutura de serviços prestados pelo estado na área de segurança pública é clara. A Polícia Militar (PM) mineira tem hoje junto à população uma imagem de violenta e a Civil praticamente só existe nas regiões metropolitanas. No interior, as delegacias utilizam pessoal das prefeituras.
O abandono não é apenas material, mas, principalmente, moral, pois o exemplo que parte de cima é o pior possível.
A pacata população do interior mineiro assiste a tudo estuprada.
Enquanto isto, o governo só fala em choque de gestão, melhoria para o empresariado e novo centro administrativo.

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