O projeto que "obriga a identificação dos usuários da internet antes de iniciarem qualquer operação", que tem Eduardo Azeredo(PSDB) de relator, foi "retirado de pauta do Senado", na manchete do UOL.
Mas ecoa em sites do exterior. Além da esperada controvérsia na blogosfera brasileira de mídia, o caso avançou por sites como o Slashdot, um dos principais do setor nos EUA, Broadband Report e Techdirt, sob títulos como "Políticos brasileiros dizem que ninguém pode ser anônimo on-line" e com comentários ironizando a burocracia já projetada.
Ao longo do dia, o caso ganhou até ares de movimento.
"BBB" No Slashdot, "O fim do anonimato de internet no Brasil" e a ilustração de um binóculo. O Broadband ilustrou com um olho de "big brother"
Por coincidência - e sem citar o Brasil ou o projeto - ontem foi um dia inteiro de mobilização mundial contra a censura na rede. Como destacou a organização Repórteres Sem Fronteiras liderou a ação e divulgou uma lista com os 13 países que mais restringem o acesso à internet, com a China à frente, Cuba no meio e, desta vez, a Líbia de fora. Note-se que a RSF vem sendo questionada há tempos por receber fundos do governo dos EUA e outros, com contrato para ceder informações.
Azeredo o picareta
O projeto que prevê acesso vigiado à internet, relatado pelo senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), resulta de lobby dos bancos, desgostosos com as despesas que são obrigados a fazer para coibir fraudes em transações eletrônicas. Um parlamentar do PSDB relativiza o desgaste de imagem para o correligionário Azeredo por promover um projeto que visa engessar o acesso à internet: "Melhor do que ser lembrado como o pai do valerioduto".
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