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27 de nov. de 2006

Equador agora faz parte do novo socialismo da América Latina

O povo do Equador falou e falou alto.

Quando todos esperavam um resultado equilibrado no segundo turno da eleição presidencial, o que ocorreu foi uma vitória folgada do economista de esquerda Rafael Correa.
Ele venceu facilmente o adversário de direita e homem mais rico do país, Álvaro Noboa – mesmo nas regiões costeiras onde pensava-se que Correa não tinha tantos eleitores.
Com um doutorado por uma universidade americana, o economista poliglota e guitarrista impressionou muito com sua energia juvenil e seu entusiasmo demonstrados durante a campanha.
Mas Correa é politicamente inexperiente e lidera um novo movimento político sem representação no Congresso.
Mudança radical
Ao que parece, o povo do Equador quer a mudança radical prometida por Correa, a "revolução dos cidadãos" para derrubar o que ele chama de instituição governante desacreditada – uma instituição que produziu oito presidentes nos últimos dez anos.
Correa, que foi ministro da Economia por um breve período no governo do presidente interino Alfredo Palacio, quer garantir que uma fatia maior da riqueza do Equador vá para os muitos pobres do país, e que mulheres e grupos indígenas sejam melhor representados na sociedade equatoriana.
O economista deseja reverter processos migratórios que levam centenas de milhares de pessoas à Europa e aos Estados Unidos em busca de uma vida melhor.
Ele é conhecido por suas opiniões fortes a respeito do relacionamento com os Estados Unidos: chamou o presidente George W. Bush de "estúpido", disse que não vai assinar um acordo de livre comércio com os americanos, e quer o fechamento de uma base militar dos Estados Unidos em território equatoriano.
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