Após vinte e três anos de batalha judicial, informa o The Nation, o FBI liberou o acesso público às últimas informações mantidas em sigilo sobre o cantor John Lennon, assassinado em dezembro de 1980. Um dos dados liberados era inédito.
O que era essa informação tão secreta? Preparem-se. Bebam um copo de água contando até dez, sentem confortavelmente na cadeira e apertem o cinto.Prontos? Então lá vai.
Antes de ser morto, Lennon manifestara o interesse de ajudar a financiar a abertura de uma livraria em Nova York que vendesse livros contendo idéias esquerdistas. A livraria também contaria com uma sala de leitura. (Pausa para ouvir o "oooooh" geral.) A revelação, que também apontava a proximidade do cantor com intelectuais como Tariq Ali (algo conhecido na época), é um balde d'água na cabeça de quem imaginava que um segredo mantido por 23 anos e defendido com unhas e dentes na Justiça seria algo muito comprometedor.
Por ser uma personalidade popular, com idéias consideradas radicais, Lennon foi diuturnamente seguido pelo FBI nos EUA. Em 1972, quando o cantor ameaçou fazer campanha contra a reeleição de Richard Nixon, chegou a ser deportado. Em visita ao presidente derrubado pelo Watergate, em 1970, o "Rei" Elvis Presley denunciou os Beatles como perigosos corruptores de mentes juvenis. A conversa também está em documentos liberados. Aliás, liberados bem antes da mui sigilosa informação sobre Lennon.
O dossiê Lennon está disponível neste link. A leitura dele serve para refletir sobre a natureza e suposta necessidade do sigilo obsessivo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário