Saddam Hussein, 69, foi enforcado por volta de 1h deste sábado (horário de Brasília), em Bagdá, em cumprimento à execução imposta pela morte de 148 xiitas em 1982. Ele governou o Iraque de 1979 a 2003, quando caiu após invasão de tropas norte-americanas no país. Conseguiu fugir, mas foi capturado em dezembro daquele ano e, desde então, respondia a processos por genocídio.
Saddam foi acusado por americanos de desenvolver e armazenar armas de destruição em massa, fato que nunca ficou comprovado. Analistas e autoridades internacionais questionaram a legitimidade e os métodos do julgamento de Saddam. No Brasil, o Itamaraty criticou a pena de morte imposta. A imprensa internacional dedicou grandes manchetes para a execução do ditador, que despertou críticas tanto ao regime no Iraque quanto à invasão americana que detonou a guerra no país.
A morte de Saddam despertou também reações em líderes de todo o mundo. Enquanto alguns comemoram a morte, outros condenam sua execução em meio a protestos contra a pena de morte.
Lula diz que morte de Saddam não resolve problema
e critica ocupação do Iraque
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste sábado que a morte do ditador iraquiano Saddam Hussein não resolve o problema do Iraque.
"Não sei se foi um julgamento ou uma vingança. De qualquer forma, acho que não resolve o problema do Iraque. Acho que a violência vai continuar", afirmou Lula, que participou hoje da abertura de uma exposição de fotos da campanha eleitoral no PT, em Brasília.
Lula também criticou a intervenção dos Estados Unidos no Iraque. "Enquanto houver gente dando palpite no problema do Iraque, ele não vai dar certo. Não daria certo no Brasil, na Argentina na Rússia e muito menos nos Estados Unidos. Os que estão ocupando o Iraque têm que ter consciência de que o Iraque só vai encontrar a paz quando permitirem que as divergências internas sejam resolvidas pelo povo", afirmou ele.
Para Lula, o Iraque precisa ter autonomia para resolver seus problemas para conseguir resolver a crise da violência. "O Iraque só vai ter a solução dos seus problemas quando os iraquianos tomarem as decisões certas e erradas e tiverem o destino nas suas próprias mãos.
"Saddam governou o Iraque de 1979 a 2003, quando caiu após invasão de tropas norte-americanas no país. Conseguiu fugir, mas foi capturado em dezembro daquele ano e, desde então, respondia a processos por genocídio.
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