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20 de dez. de 2006
Globalização
Portugal já criou muitos problemas para o cantor Sérgio Reis: seu sucesso da época era Panela Velha ("não interessa se ela é coroa/ panela velha é que faz comida boa"). "Panela velha", em Portugal, é gíria para uma parte do corpo que não fica bem mencionar em público.
O Brasil por enquanto resistiu bem às investidas vocabulares da globalização: o Ford Pinto não foi vendido por aqui, embora o motor fosse fabricado em Taubaté, mas o Picasso circula normalmente. E estão chegando dois novos modelos: a Chana, chinesa, e o Picanto, coreano.
E eu com isso?
O primeiro computador, a válvula, era do tamanho de um prédio; e consumia energia como uma cidade. O presidente mundial da IBM achava que no mundo talvez houvesse mercado para três ou quatro computadores.
Deu no que deu: o computador gasta pouco, está ao alcance de muita gente, ficou pequenininho. É muito mais potente que seus antepassados imensos. E, ao contrário destes, ganharam a capacidade de comunicar-se entre si.
É por isso que sabemos hoje, instantaneamente, que...
1. "Paris Hilton vai à premiação de música em Londres"
2. "Xuxa faz sua primeira vilã e apanha no cinema"
Sabemos de notícias absolutamente indispensáveis:
3. "Deborah Secco vai desfilar no Carnaval carioca de 2007"
Coisa que, como sabemos, é inédita: desde quando as estrelas de TV desfilam no Carnaval carioca?
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