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2 de ago. de 2007

ACM no outro mundo - cordel!!!!!



Todos os nomes abaixo são alcunhas dos que existiram de fato e fizeram a peixeira correr no cangaço já passado (?) por isso, minhas amizades, não deixem de ler, pois sou eu quem vos falo
Luis da gloriosa - Miguezim de Princesa
I
Numa sessão em Angola, / O meu amigo Raimundo /
Recebeu alma penada / Que num contar bem profundo /
Narrou a fundo a chegada / De ACM no outro mundo.
II
Todo vestido de branco, / Pois já tinha trocado o terno, /
ACM se postou / Na entrada do inferno /
Para onde foi direto / A mando do Pai Eterno.
III
Carregando água de cheiro, / Viu-se um cordão de baianas /
Esperando o grande líder / Numa comitiva bacana /
Com mais de 100 deputados / E um cão comendo bananas.
IV
Apareceu Lúcifer: / Com um chicote na mão /
E a cara muito amarrada, / Foi logo dizendo, então, /
Que entre o babalaô, / Hoje tem reunião.
V
Duma grande mesa de ferro / Já foram se aproximando./
Na cabeceira da mesa, / ACM foi sentando;/
Lúcifer deu um pinote / E começou protestando:
VI
Aqui, quem manda sou eu, / Eu sou o rei da folia!
Pra comer acarajé / Tem de pedir à minha tia. /
Já falei pra Juraci / Que aqui não é a Bahia! /
VII
ACM não falou / Durante a reunião,/
Fingiu concordar com tudo / Que viu na resolução,/
Disse: "Tou com Lúcifer, / Vou apertar sua mão".
VIII
Junto com seis senadores / Começou a passear,/
A cumprimentar o povo / Que encontrou no lugar,/
Nas esquinas do Inferno / Desandou a discursar.
IX
Lúcifer tava dormindo, / Acordou de supetão,/
Pela brecha da janela / Viu muita aglomeração/
E ao redor de ACM / Toda espécie de cão./
X
"O Inferno está sem graça"; / "Queremos animação";/
"Lúcifer é um moleza, / Não rouba nem tem ação" /
- assim pediam nas faixas / Do diabo a deposição./
XI
Lúcifer inda propôs / Dois turnos de eleição,/
ACM fincou pé / Que não aceitava, não,/
Pois a vontade do povo / Pedia deposição./
XII
Lúcifer sai correndo, / Pulou um grande portão,/
Encontrou do outro lado / Seu amigo Lampião./
Disse: "O homem tá com a gota, / Quer fazer revolução!"
XIII
A hora é de resistir /Exclamou Chico Pinguelo./
Vamos botar pra feder /Animou-se João Tranguelo./
ACM hoje vai ver / Como se come farelo!/
XI
VAí, começou uma guerra / (Cacete de cão com cão):/
A urma de ACM / Deitou abaixo o portão,/
Tinha até uma quitandeira / Com uma vassoura na mão./
XV
No exército de ACM / Se viam até generais;/
Lúcifer tinha cangaceiros / Que não acabavam mais/
Pra defender o portão, / Reduto de Satanás.
XVI
O grande Lucas da Feira / Se agarrou com Pinochet,/
Arrancou o seu bigode / Com uma agulha de crochê,/
Deu uma facada em Videla,/ Botou Médici pra correr./
XVII
O Cão-Coxo de um pinote / Uma tora de pau pegou,/
Zuniu a tora no vento / Chega a direção mudou,/
Meteu em Garrastazu, / A tora pegou no sul/
Que o norte sentiu a dor.
XVIII
ACM quase morre / Na volta de Cão-Ligeiro,/
Escapou manco de uma perna / Por dentro do marmeleiro,/
Escoltado por uma diaba / Com um pau de bater tempero./
XIX
Corisco acertou um tiro / No general Golbery;/
Castelo Branco, com medo, / Começou fazer xixi;/
Lampião disse só falta / Do nosso lado Waldir./
XX
Apareceu Costa e Silva, / Sem saber por quem lutava;
Ernesto Geisel num canto / Com Figueiredo falava,/
Enquanto o Cabeça Branca / Na capoeira escapava.
XXI
Se mandou em retirada, / Pegou o caminho do Céu,/
Deu um esbregue em São Pedro, / Uma bicuda em São Miguel
E ainda pirraçou / O arcanjo Gabriel.
XXII
Na porta do paraíso / Quando ACM chegou,/
Ofegante e agitado, / A santidade esnobou/
E disse para São Pedro:/- Não falo com assessor/
XXIII
Mandaram chamar Jesus / (Quem chamou foi São Tomé),/
ACM se exaltou, / Fez o maior rapapé:- /
Eu só falo é com o pai dele, / Daqui não arredo pé!/
XXIV
Jesus Cristo então pediu / O parecer de Maria./
Ela pensou direitinho / Enquanto o Inferno ardia:/
- Se o Inferno não agüenta, / Se aqui ele não entra,/
Só voltando pra Bahia.

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