No dia 31 de janeiro, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) se liberta. Sai o direitista tucano catarinense Roberto Busato e entra no lugar dele o sergipano Cezar Britto. A direita brasileira perde, assim, um dos mais importantes aparelhos na luta sem tréguas e sem ética que travou, em 2005 e 2006, contra o povo, o presidente Lula e a democracia brasileira. Nestes dois anos a gloriosa OAB sofreu uma escandalosa utilização partidária. Sem disfarces.
Cezar Britto, sobrinho do ministro Carlos Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal, é um advogado trabalhista de 44 anos. Ele assume o posto máximo da entidade com posições progressistas. Fará, com certeza, um contraponto ao perfil conservador e reacionário de Roberto Busato, muito mais adequado, por sinal, à tradição da entidade que, em 1964, apoiou o golpe militar que derrubou João Goulart da Presidência da República.
O mais forte adversário de Cezar Britto seria Aristóteles Ateniense, atual vice-presidente. Mas ele anunciou, na última sessão da OAB, que estava fora da disputa. As derrotas que sofreu nas seccionais do Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Piauí e Acre foram vitais para a decisão que tomou.
Na gestão Roberto Busato, a OAB agiu como se fosse a primeira pinça da estratégia da oposição – leia-se PSDB e PFL - ao avançar sobre o poder. Em seus subterrâneos nasceu a idéia golpista do pedido de impeachment de Lula. Os advogados fascistas esbarraram, no entanto, na popularidade do presidente. E dali não passaram.
Na gestão Roberto Busato, a OAB agiu como se fosse a primeira pinça da estratégia da oposição – leia-se PSDB e PFL - ao avançar sobre o poder. Em seus subterrâneos nasceu a idéia golpista do pedido de impeachment de Lula. Os advogados fascistas esbarraram, no entanto, na popularidade do presidente. E dali não passaram.
A segunda pinça materializou-se nas ações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que, a certa altura, propôs em tom de imposição que Lula deveria desistir da reeleição. O desfecho dessa história é conhecido.Há duas manchas na história da OAB. Uma, quando a ordem apoiou o golpe militar de 1964. A segunda, quando foi utilizada por Busato para defender o golpe branco do impeachment contra o presidente Lula.
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