Mal resolveu a crise que ameaçava rachar o partido, Fernando Henrique Cardoso disse em entrevista a rádio CBN que já tem pronta uma solução para evitar um longo e desgastante enfrentamento entre José Serra e Aécio Neves na disputa pela indicação presidencial em 2010, como já ocorrera em 2006. A fórmula é simples e engenhosa: o ex-presidente arquiteta uma chapa para a próxima eleição presidencial, com Serra para presidente e Aécio para vice.
A fórmula propõe que os dois firmariam um compromisso prefixado de, vencendo as eleições, lutar para extinguir a reeleição - o que daria condições e tempo a Aécio para se consolidar como candidato do partido em 2014 e juntar força suficiente para enfrentar o eventual retorno de Lula, que então terá 69 anos.
A fórmula - já conhecida nos ninhos tucanos paulistas e mineiros e bem recebida nos dois - tem três grandes virtudes. A primeira é acomodar os dois maiores líderes tucanos num acordo que lhes permitiria atravessar em harmonia os quatro anos até a próxima eleição; a segunda, garantir a unidade do partido até lá; a terceira, somar os resultados administrativos dos dois governos estaduais para apresentar na eleição.Entusiastas da fórmula-FHC exaltam outra virtude: com ela, o partido se sentiria empolgado e aprumado para um objetivo que nas duas últimas disputas lhe passou distante - a vitória numa eleição presidencial. Essa empolgação, alegam, é o melhor combustível para aplainar crises. Com essa perspectiva no cenário, mesmo estando num horizonte distante, o partido se uniria naturalmente
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