Search

Compra de votos ou coincidências? - Onda vermelha - Bloco de esquerda e partidos de centro se fortalecem no Congresso - Lula, o preconceito dos poderosos e o complexo de "vira-latas" -Eleição termina em pancadaria em Fruta de Leite - Marina,... você se pintou? Câmara Municipal de Buritizeiro cassa mandato do Padre Salvador - Repercute suspeita de caixa 2 na campanha de Hélio Costa - Lula diz que imprensa brasileira gosta de publicar "notícia ruim" sobre o país - Bicheiro confessa que doou R$ 250 mil para o caixa 2 de Tadeu Leite - Diante das denuncias de corrupção e fantasmas na Prefeitura de Montes Claros, o jornalista Pedro Ricardo pergunta: Cadê o Ministério Púbico? - PT dá o troco no PMDB e abandona Hélio Costa - Caixa 2 pode inviabilizar campanha de Hélio Costa - Dilma dispara e abre 20 pontos - A nova derrota da grande mídia

12 de jan. de 2007

Espinhos que alimentam - favela

A favela (Cnidoscolus phyllacanthus (Muell. Arg.) Pax. Et K. Hoffman) é arbusto de grande porte da família das EUPHORBIACEAE com ramos lenhosos e crassos, com porte variando de 3,5 a 7,8 m, esgalhada irregularmente e armada com espinhos nas folhas. Quando os ramos são cortados, exsudam látex branco. Suas folhas são simples, alternas, espessas, lanceoladas, nervuras com espinhos urticantes. As flores são alvas, hermafroditas. Seus frutos são cápsulas deiscentes com três sementes. No período chuvoso da caatinga que ocorre, geralmente de janeiro a maio, os animais consumem as folhas verdes e os frutos. No final das chuvas, as folhas amadurem e caem, sendo consumidas pelos animais. No período de seca que ocorre de agosto a dezembro, a favela fica com poucas folhas e como não há outras alternativas para alimentação dos animais na caatinga, eles consomem parte dos brotos e a casca das favelas. Este trabalho teve como objetivo verificar o consumo de favela pelos animais na caatinga no período de seca nas comunidades de Xique-xique, Pedreira e Pirajá no município de Curaçá - BA. O levantamento foi realizado, no período de setembro a outubro de 2005, com a observação do consumo da favela pelos animais nas comunidades. Foram entrevistados 12 agricultores da comunidade de Xique-xique, 8 de Pedreira e 6 de Pirajá. Em cada comunidade, foi realizado um levantamento da densidade da favela em uma área de 1 hectare de caatinga, selecionados ao acaso. Foi observado o consumo da favela pelos caprinos nas três comunidades. Os animais ramoneiam a favela no período entre as 8 e 10 horas da manhã, consumindo, principalmente os brotos e a casca. Os agricultores informaram que no período de maio a julho quando as folhas maduras da faveleira caem os animais dão preferência a este tipo de alimentos. Na comunidade de Xique-xique os agricultores estão evitando o corte da favela para garantir alimentos para os animais na seca. Quanto à ocorrência da favela nas comunidades, observou-se uma variação de 12 a 68 plantas/ha, sendo de 11 a 68 plantas/ha na comunidade do Xique-xique, 10 a 41 plantas/ha em Pedreira e de 37 a 58 plantas/ha na comunidade de Pirajá. A faveleira é um importante alimento para os caprinos nas caatingas do semi-árido nordestino.
Autores: Nilton de Brito Cavalcanti & Geraldo Milanez Resende. Embrapa Semi-Árido. Petrolina, PE, BRASIL. E-mail: nbrito@cpatsa.embrapa.br

Nenhum comentário: