não é apenas político-ideológico.
No pedaço, há interesses mais mesquinho$. A Folha doou R$ 42.354,30 para a campanha eleitoral de um tal Paulo Renato Costa Souza, do PSDB. Nada mais nada menos que o ex-ministro da Educação no governo FHC. Ora, todo mundo sabe o mecanismo dessas contribuições financeiras. Registra-se um mínimo e repassa o resto pelo caixa 2. Não é isso o que a Folha de S. Paulo sempre afirma? A mídia brasileira apodreceu. E tem gente que leva a sério o falso-moralista jornalão “especializado” em combater o PT e o Governo Lula.
A “contribuição” foi repassada através da empresa Folha da Manhã, que edita o jornalão. Quer dizer que agora a Folha tem um parlamentar na Câmara Federal. A revelação foi feita dia 23 de janeiro de 2007 pelo jornalista Mino Carta em seu excelente blog. O estranho é que a doação foi feita em 27 de outubro de 2006, véspera do segundo turno e quando o deputado Paulo Renato já estava eleito.Você pode conferir a veracidade da anomalia consultando a página do TSE na Internet (http://www.tse.gov.br/). As relações perigosas do político tucano com a Folha pode ser conferida também em sua prestação de contas. Ele declarou ter pago R$ 80.406,30 à empresa Folha da Manhã, a título de publicidade.
Eu me pergunto: como um parlamentar de contas tão suspeitas pode ser o principal articulador político do PSDB e do ex-presidente FHC?
Por que a Folha fez doação a um candidato?
Por que a doação foi feita às vésperas do segundo turno, quando a campanha para deputado federal (caso de Paulo Renato) já havia sido decidida quatro semanas antes?
Quais os critérios utilizados pelo jornal na escolha de Paulo Renato?
Que garantias o jornal, tão cioso de sua independência e de sua linha pluralista, dá de que a doação não influencia o conteúdo editorial?
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