Em um discurso de duas horas e nove minutos de duração, aqui - o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, fez sexta-feira, 19- no Rio, um discurso onde falou sobre aos meios de comunicação do Brasil e da América Latina. Chávez identificou a mídia ao "imperialismo norte-americano" e às "oligarquias sul-americanas". "Por mais dinheiro que gaste a oligarquia, com seus jornais, com suas estações de rádio ou suas televisões muito poderosas, acontece que os povos despertaram." Ele afirmou que a cobertura jornalística sobre seus atos faz parte da "estratégia inimiga" de "impedir que a idéia da revolução bolivariana tenha impacto". Pregou: "É preciso pulverizar a estratégia inimiga".
O presidente citou o herói da independência da Venezuela e de outros países da região Simón Bolívar (1783-1830): "É como uma guerra. Uma artilharia. Simón Bolívar dizia que a imprensa é a artilharia do pensamento. Temos que ganhar a batalha ideológica". Acrescentou: "O jornalismo de hoje é subordinado na maior parte das vezes a interesses contrários ao povo e à pátria. Com exceções honrosas, claro. Refiro-me aos grandes meios de comunicação".
O presidente citou o herói da independência da Venezuela e de outros países da região Simón Bolívar (1783-1830): "É como uma guerra. Uma artilharia. Simón Bolívar dizia que a imprensa é a artilharia do pensamento. Temos que ganhar a batalha ideológica". Acrescentou: "O jornalismo de hoje é subordinado na maior parte das vezes a interesses contrários ao povo e à pátria. Com exceções honrosas, claro. Refiro-me aos grandes meios de comunicação".
Chávez fez as declarações na Assembléia Legislativa do Rio, ao receber a medalha Tiradentes. O autor da iniciativa foi o deputado Paulo Ramos (PDT). O alvo central do líder venezuelano foi o jornal "O Globo". Com o diário na mão, citou título e subtítulo da primeira página da edição de ontem: "Declaração do Mercosul vai pedir respeito à democracia; documento é assinado em plena escalada autoritária de Hugo Chávez". Antes, citou a Folha, "As oligarquias dos nossos países andam um pouco preocupadas. Assim eu creio. A Folha de S.Paulo [...] e "O Globo". Não, "O Globo". "O papel não tem culpa" Em seguida, disse que o jornal o fustigou "com veneno". Quando o público de cerca de 500 pessoas começou a vaiar o Globo, Chávez vaiou também e disse: ""O Globo", não tenho dúvidas de dizer, é inimigo do povo brasileiro. É inimigo do povo latino-americano". Foi aplaudido pelo presidente da Casa, Jorge Picciani (PMDB). A assistência pediu: "Rasga, rasga!". Chávez, jornal à mão, respondeu: "O papel não tem culpa". Ele disse que "os fascistas queimavam livros" e não rasgou. O público gritou: "O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo" e "Brizola, Chávez, a luta continua".
O presidente prosseguiu: "Os oligarcas donos de "O Globo" tratam de me desfigurar. Eles são os desfigurados [...] "O Globo" não faz mais que cumprir o mandato do amo imperialista". "O Globo" fez uma breve manifestação: "O que a gente faz aqui é jornalismo" (Só não disse o tipo de jornalismo) .
Depois da ida à Assembléia, Chávez visitou o arquiteto Oscar Niemeyer.
Assista o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=NMvCfjtdAps&eurl=
Nenhum comentário:
Postar um comentário