Assessor da Presidência da República diz que se Aécio mantiver discurso do "choque de gestão" pode ser "eletrocutado"
O vice-presidente nacional do PT e assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, ironizou ontem (sexta-feira-7), o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB).
Segundo ele, "Aécio repete com mais charme" o que diz o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB).
[Também] com menos charme seria impossível", disse o assessor, referindo-se ao paulista.
Garcia se referia à suposta falta de propostas de Aécio e Alckmin. Para ele, ambos defendem o mesmo discurso baseado no "choque de gestão".
Segundo o assessor, se o governador mineiro mantiver esse discurso "pode ser eletrocutado".
"O governador Aécio não disse a que veio em relação aos problemas do país. O governador Aécio acha que a solução dos problemas do país é choque de gestão, repetindo com mais charme o que fez o Alckmin até porque com menos charme seria impossível", afirmou Garcia.
Garcia participou da abertura dos debates da reunião do Diretório Nacional do PT, integrado por 81 membros, que tem discussões marcadas para hoje e amanhã. Para o assessor, é fundamental buscar uma "política de associação com todos os aliados" visando 2010, inclusive o PMDB.
O petista desconversou ao ser questionado sobre o convite do PMDB para que Aécio se filie no partido para disputar a Presidência em 2010. O convite foi feito pelo presidente do PMDB, Michel Temer (SP), e o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN).
Na conversa, Aécio respondeu que seu caminho é tentar a candidatura presidencial pelo PSDB. No entanto, aliados de Aécio dizem que, se ele for atropelado pelo governador José Serra (SP) na disputa tucana, poderá examinar a possibilidade de se filiar ao PMDB numa janela para troca de partidos que vem sendo costurada no Congresso. No intervalo da reunião do PT, Garcia afirmou ainda que o ex-governador Alckmin perdeu a possibilidade de concorrer às eleições.
"Esse negócio de pós-lulismo com choque de gestão não funciona", afirmou ele, referindo-se ao discurso que atribui aos tucanos. "O "Picolé" [suposto apelido dado a Alckmin] derreteu e se perdeu", disse.
3 comentários:
Prezado Lunga;
Mais do que nunca a liberdade de imprensa tem que prevalecer em Minas Gerais. O tão falado "choque de gestão" do governador Aécio nada mais é do que aumento da carga tributária - como se já não houvessem tantos impostos para o brasileiro pagar.
Para se ter uma idéia é mais fácil para o mineiro que mora nas proximidades com os estados da Bahia, Rio e até mesmo São Paulo; adquirir um veículo novo, porque a carga tributária sobre os produtos industrializados é mais baixa do que em Minas. Portanto, Minas exporta mão de obra - que já não é muito qualificada - devido a falta de investimentos na edução. Além disso, Minas deixa de atrair novas indústrias, pois o incentivo fiscal não existe, ao contrário, posto que indústrias vem fugindo de nosso estado, preferindo outros onde existe a preocupação em fomentar a produçao, baixando os custos através de incentivos fiscais, melhorando a renda da população, ou seja, produzir para crescer! Ao passo em que em minas é apenas arrecadar.Para onde tem ido tanto dinheiro, se até o salário dos professores da rede estadual é uma "merreca"?
É necessário que a imprensa de Minas Gerais deixe de ser omissa e começe a discutir de forma transparente e imparcial os rumos, acertos e erros de nossos gestores públicos. Afinal, nosso políticos, são funcionários do povo e não daqueles "lobistas" que se escondem nos labirintos do poder.
Estes tucanos pensam que vai ser fácil retomar o poder vindo com esta de rotatividade, de alternância no poder.
Se ao menos o governo deles tivesse sido bom, vá lá. Mas foi um desmonte do estado, um desatre, uma catrastrufe...
A mídia anda cantando vitória dos tucanos em todo canto. O PSDB de Minas perdeu mais prefeituras do que os outros grandes partidados ( PT e PMDB). O DEM encolheu-se, quase sumiu. O Pimentécio entregou a Prefeitura de BH pros tucanos.
Aécio se aproveita desta falsa vitória e faz discurso pós-Lula pra enganar bobos como Pimentel e outros que entram na baboseira do sentimento de unidade política de Minas. Unida se for em torno dele, é claro. Quem não concordar está contra Minas e não contra o projeto pessoal dele.
Ele quer se diferenciar de Serra, do poder total dos paulistas.
São dois projetos similares, com uma roupa furada de discurso neoliberal. O paulista é mais "moderno", privatizante, de estado gerencial, anti-PT sangrento. O mineiro é conservador, com um novo coronelismo com cara do menino/boy Aécio que ameniza a força da chibata, de política do morde e sopra, de aliança com o PT laranja, vermelho desbotado, atucando, estrela sem luz.
Pode escolher, cidadão.
Com um projeto você tem certeza que perde. Com o outro, mineiro, você desconfia, não quer acreditar que está sendo engando, embora tenha certeza.
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