O presidente Lula descartou qualquer reforma ministerial em seu governo e enviou um recado ao PMDB sobre o ministro da Saúde: "O Temporão é meu ministro, ele fica".
Na semana passada, Temporão reclamou da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) pela má qualidade dos serviços públicos prestados e constante foco de corrupção (coisa que não é novidade, conforme atesta o MPF em diversas ações).
A direção da Funasa é indicação da bancada do PMDB na Câmara, o que gerou mal-estar no partido. Deputados cogitaram a troca de Temporão (que também é filiado ao PMDB) por outro nome do partido, o mais cotado é ex-ministro da Saúde, Saraiva Felipe.
Não seria mais sensato os "nobres" deputados peemedebistas trocarem a cúpula da Funasa?
Não é o que pensa o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), que apadrinha Danilo Forte, presidente da Fundação.
Segundo Alves, a Funasa será enquadrada, mas Danilo Forte fica.
Apesar de Temporão ter cedido por hora em manter o comando da FUNASA, na prática esvaziou o órgão, retirando poderes, ao criar a Secretaria de Atenção Básica e Proteção à Saúde, que vai administrar a saúde indígena, entre outras coisas.
O PMDB, embalado pelos bons resultados nas eleições municipais, vinha pressionando para assumir mais ministérios, como se o bom desempenho do partido já não fosse, em parte, pelo fato de estar na base governista.
Um dos alvos preferidos do PMDB (também já rechaçado pelo presidente) era a pasta da Justiça, por insatisfação com a independência da Polícia Federal, cujas investigações atingiram diversos políticos corruptos do partido.
Apenas uma perguntinha: Saraiva é Kassab?
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