Hoje completa onze anos que o entreguista, imperialista, neo-liberalista, filho-da-fudista FHC acabou com o trem do sertão que fazia o trecho entre Montes Claros e Monte Azul, uma das regiões mais pobres do Estado de Minas Gerais. Era esse trem que movimentava a economia das pequenas cidades pelas quais o trem passava. Com a privatização, ele foi extinto. Um verdadeiro crime a extinção desse trem quando ainda havia passageiros lotando as composições, movimentando a frágil economia da região.
O trem de passageiros que partia de Belo Horizonte para a cidade de Monte Azul, na extremidade da lendária Linha do Centro, da Central do Brasil. Ali os passageiros baldeavam para a linha da antiga V. F. F. Leste Brasileiro, e seguiam por ela até Salvador. O trem do sertão, com o tempo e a decadência da ferrovia, foi diminuindo cada vez mais seu percurso.
O trem de passageiros que partia de Belo Horizonte para a cidade de Monte Azul, na extremidade da lendária Linha do Centro, da Central do Brasil. Ali os passageiros baldeavam para a linha da antiga V. F. F. Leste Brasileiro, e seguiam por ela até Salvador. O trem do sertão, com o tempo e a decadência da ferrovia, foi diminuindo cada vez mais seu percurso.
A situação hoje só não é mais crítica, graças os projetos sociais do governo Lula ( Bolsa Família, Agente Jovem, Peti, Proerd... )
Origem da linha:
A linha do Centro, da antiga Central do Brasil, foi inaugurada em trechos, desde o longínquo ano de 1858, quando foi aberto o primeiro trecho na cidade do Rio de Janeiro, até 1948, quando a linha chegou a Monte Azul, no sertão mineiro, próximo à divisa com a Bahia, num percurso de mais de mil quilômetros. A partir de Itabirito, a linha passava de bitola larga para a métrica. O trecho por onde passava o trem do sertão remanescente, ou seja, o que existia quando foi suprimido em 1996, Montes Claros-Monte Azul, foi aberto ao tráfego em pequenos trechos entre os anos de 1942 e de 1948, quando chegou até o seu ponto máximo, encontrando a linha da Viação Férrea Federal do Leste Brasileiro. A linha do Centro existe até hoje com o tráfego apenas de trens cargueiros, com exceção da parte próxima ao Rio de Janeiro, por onde trafegam trens metropolitanos de passageiros.
Origem da linha:
A linha do Centro, da antiga Central do Brasil, foi inaugurada em trechos, desde o longínquo ano de 1858, quando foi aberto o primeiro trecho na cidade do Rio de Janeiro, até 1948, quando a linha chegou a Monte Azul, no sertão mineiro, próximo à divisa com a Bahia, num percurso de mais de mil quilômetros. A partir de Itabirito, a linha passava de bitola larga para a métrica. O trecho por onde passava o trem do sertão remanescente, ou seja, o que existia quando foi suprimido em 1996, Montes Claros-Monte Azul, foi aberto ao tráfego em pequenos trechos entre os anos de 1942 e de 1948, quando chegou até o seu ponto máximo, encontrando a linha da Viação Férrea Federal do Leste Brasileiro. A linha do Centro existe até hoje com o tráfego apenas de trens cargueiros, com exceção da parte próxima ao Rio de Janeiro, por onde trafegam trens metropolitanos de passageiros.
2 comentários:
Prezado, estou produzindo um artigo sobre o Trem Baiano. Você poderia me indicar alguém para conversar sobre o assunto? Um Historiador, pesquisador?
Como entrar em contato com o mentor da ONG Amigos do Trem Baiano?
Atenciosamente
Christoffer - SP
chris_ray@uol.com.br
OS GARIMPEIROS DA ESTRADA DE FERRO
Poeta Sebastião Santos Silva de Urandi - BA
Cerca de quarenta e cinco,
Todo mundo temia o mal
Que contaminou as nações;
Chamado de capital.
Exterminou muitos povos,
Segunda guerra mundial!
Brasil, também preocupou!
Tinha extenso litoral;
Poderia ser atacado
No seu mar territorial.
Pensou num outro caminho
Ligando o norte a Central.
Urandi lucrou com isso.
Foi também beneficiado;
A nova estrada de ferro,
Passou por aqui o traçado.
Trouxe muitos benefícios,
O lugar ficou adiantado.
O engenheiro foi Propércio,
Natural do município.
Traçou todas as picadas,
Executando o seu ofício.
Para evitar muitos túneis,
Planejou a curva do Sítio.
Um serviço perigoso,
Trabalhar com explosão!
Na abertura desses cortes,
Muitos perderam a mão.
Tinha queda de barreira,
Soterrou muito peão.
Foi cercada toda estrada,
Só com arame farpado.
Todinha de quatro fios,
Pra não passar nenhum gado,
E deixaram duas cancelas
No caminho transitado.
Urandi lotou de gente.
Chegava do mundo inteiro!
De doutor até operário,
Chamados de garimpeiros.
Urandi melhorou muito;
Circulou muito dinheiro!
O movimento era grande,
Parecia uma capital.
Gente pra cima e pra baixo,
Na zona urbana e rural.
Às vezes, tinha uma briga,
Riscava outro no punhal.
Faziam festa de luxo;
Todo tipo de lazer!
Fizeram uma lagoa,
Para desfrutar prazer.
Trouxeram também cinema;
Fizeram carro correr.
Houve uma grande tragédia!
No tempo da construção.
Morreram muitas pessoas!
Explodiu - se um caminhão.
Encontraram muita jóia
Ao lado do pontilhão.
Hugolino Rodrigues,
Dessa vez ele escapou.
Subiu nesse caminhão,
Mas pra casa retornou.
Morreu um rapaz que era noivo;
A aliança identificou.
Nossa cidade cresceu!
Deixou muita construção:
Casas de luxo e de turma,
Aquele grande galpão
Onde funcionou o colégio;
Só resta recordação.
Tudo que tinha vendia;
Às vezes, malandro tomava.
Fazia muita bagunça
Nas festas aonde chegava,
Mas tinha o Cabo Ribeiro,
Todo mundo respeitava.
Tinha cassino da sorte,
Badalado cabaré;
Muita confusão armada,
Por motivo de mulher.
Tinha gente perigosa.
Mas tinha gente de fé.
Chegaram primeiros crentes,
Também muitas prostitutas,
As famílias de doutores,
Muito sujeito matuta;
Até muito cangaceiro
Vinham fugidos da luta.
No tempo da construção,
Ninguém ficava solteiro;
Casavam todas as moças
Com rapazes garimpeiros.
Fizeram uma limpeza!
Oh! Santo casamenteiro!
Muitos chegaram aqui
Sonhando ganhar dinheiro.
Sentiam ter sido enganado,
Por algum dos empreiteiros;
Não tinha como voltar,
Passou a trabalhar de meeiro.
Gastaram mais de cinco anos,
Para essa estrada fazer,
Mas só em cinqüenta que o trem
Chegou e começou a correr.
Começaram a viajar
E por coisa pra vender.
O misto descia na sexta
E retornava no sábado.
Ele só ia até Monte Azul,
Onde ficava parado.
Nossa! A estação de Urandi,
Parecia um grande mercado.
Vendiam frutas e comida;
Café, bolo, água e cocada.
Quando era Maria Fumaça,
Vendiam a lenha cortada.
A viagem era sofrida,
Com a classe bagunçada.
Pessoal viajava de trem.
Quando era Maria Fumaça,
Empretava toda roupa,
Porque era quase de graça.
Queimava cabelo e roupa
E bebia água de cabaça.
E chegando à barragem,
Parava pra abastecer.
Estênio que era o bombeiro;
De água a máquina encher,
Por isso, recebeu o nome
De Estênio, por merecer.
Embarcava: mamona,
Ovo, galinha e gado.
Exportava: manganês,
Também dormente lavrado.
Chegava muito cimento,
Pra abastecer o mercado.
Muitos por aqui ficaram,
Adotaram o lugar.
Não voltaram mais pra casa;
Resolveram se casar,
Continuam aqui até hoje,
Para a história contar.
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