Se o clima em relação ao senador Eduardo Azeredo encontrava-se bastante quente em Brasília, este calor chegará a capital mineira na semana que vem. O esquema montado, nos diversos Poderes de Minas Gerais, por Azeredo para viabilizar seus atos, sem que qualquer conseqüência houvesse, mantendo a impunidade sua e de seu grupo, será denunciada no Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília na próxima semana.
A documentação que acompanha a denúncia é formada por cerca de 2.000 páginas. Denunciados estarão integrantes do Ministério Público (MP), do Executivo e da Magistratura mineira, que, hoje, ocupam cargos na primeira e segunda instância do Poder. Alguns já estão em Brasília, ocupando o cargo de ministro.A tese da denúncia é a de formação de uma organização criminosa que se apoderou dos principais cargos das instituições democráticas de Minas para viabilizar práticas ilícitas.
Pela lista dos envolvidos na “quadrilha de Azeredo” e a enorme quantidade de provas existentes, o Ministério Público Estadual e o Poder Judiciário mineiro entrarão rapidamente em evidência na mídia nacional.
Se haverá mudanças não se sabe, porém, o certo é que a organização criminosa não mais poderá agir da forma que age.Ministros e procuradores que tiveram acesso à denúncia, dizem que as acusações existentes hoje no caso do mensalão contra Azeredo são pequenas perto do que ainda será apresentado. Na verdade, a denúncia apenas completa o já apurado no inquérito do mensalão do PSDB mineiro, demonstrando como foi possível que tudo ocorresse, durante anos, sem que nada acontecesse com os membros da quadrilha.
Delegados da Polícia Federal (PF) de Brasília, dizem que se fosse a instituição a investigar, por ingerência política de Minas Gerais, não conseguiriam juntar a quantidade de documentos e provas constantes da denúncia.
Apenas dois senadores e um deputado federal, tiveram acesso à denúncia e aos documentos que a acompanham e ficaram bastante assustados com o conteúdo e sua possível repercussão. O procurador-geral da República, promete apurar todas as denúncias, assim que, as mesmas, forem encaminhadas pelo Supremo à procuradoria.As denúncias comprovam que esta “organização criminosa” vem atuando em Minas Gerais desde 1994.
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