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*Lucreciano Rocha
Montes Claros viveu no último dia 24 de abril uma situação pouco usual na cidade. Uma manifestação de estudantes que acabou em confronto, tendo a policia que usar a força para coibir abusos, conforme nota da corporação. Lideres do movimento têm outra versão, acusando a policia de truculência desnecessária. Porém, o que chamou mais atenção foi o grande numero de crianças de 12 e 13 anos no evento. O que, além de proibido por lei é questionável sobre vários pontos de vista. Um estudante de 13 anos garantiu que foi orientado a "partir pra cima". Quem o impeliu para o confronto garantiu que ninguém iria reprimir sua atitude, devido ao seu tamanho e sua idade.
Isso caracteriza uso de crianças como escudo humano. Independentemente do mérito da reivindicação, esse tipo de prática é abominável. A tática traz lembranças medievais de um episódio conhecido como cruzada dos infantes. Devido ao fracasso de cruzadas anteriores, formada por adultos cheios de pecados, acreditou-se que o sucesso viria com uma cruzada infantil, formada por meninas e meninos de 7 a 14 anos. E essa aventura começou com aproximadamente 50 mil, que rumaram para a terra santa com o intuito de libertar Jerusalém e converter os pagãos.
Guardadas as devidas proporções, a manifestação dos estudantes de 24 de abril se orientou no mesmo método: invadir prédio público levando à frente crianças como escudo humano. Ou será que os motoristas dos ônibus e quem os contratou também são menores? Alguns historiadores da cruzada dos infantes de 1212 também tentaram fazer acreditar que o movimento era liderado apenas pelo pastor Nicolau, um alemãozinho de 10 anos, e por um garoto francês de 12 anos, chamado Estevão. Onde estavam os marmanjos? Os educadores de jovens e adolescentes têm encontrado dificuldade de lidar com eles. Vem à tona a questão da noção de limites. Em casa eles enfrentam o pai, na escola agridem o professor. Assim, na manifestação "democrática e ordeira" jogar pedra em policial vira coisa normal.
Contam os historiadores que o fanatismo tomou tamanha dimensão que as crianças partiram felizes e cantando, acreditando conseguir transpor os Alpes, cruzar o mar que se abriria, abrir o santo sepulcro, concluindo assim a sua missão. Na cruzadinha dos estudantes também havia uma música de animação do grupo: O KREU. Ao primeiro sinal de desânimo KREU, KREU, KREU. A cruzada dos infantes da idade media teve um fim trágico. Um grupo de sobreviventes caiu em uma grande armadilha e foram colocados em 7 navios de volta para casa. Porém, dois deles naufragaram e os outros atingiram o Egito e a Tunísia, onde as crianças foram vendidas para a prostituição e para o trabalho escravo.
A cruzadinha dos estudantes de Montes Claros sofreu apenas pequenas queimaduras e escoriações leves, comuns em toda manifestação publica. A analogia é apenas para pontuar a tática utilizada pelos organizadores. Todavia, professores e pais devem ficar atentos. Como se não bastasse o risco das crianças caírem nas mãos de traficantes ou de aliciadores de menores para a prostituição, há ainda o político irresponsável querendo recrutar nossos filhos para servirem a interesses escusos, empunhando bandeiras de causas alheias ao seu conhecimento.
* Professor de Filosofia
A JUSTIÇA proibiu o Jornal O Norte de veicular, até o dia 05 de julho de 2008, qualquer matéria, reportagem, nota, depoimento, mensagem, anúncio, editorial ou entrevista alusiva aos atributos, qualidades, atividades políticas, planos e idéias do deputado do DEMO- ex-PFL Ruy Muniz, sob pena de imposição de multa, apreensão do material e retirada do ar de página eletrônica em que eventualmente também vier a fazer tais publicações.
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O governador mineiro praticamente entregou ao grupo de Itamar a Cemig, a Copasa e o BDMG. Segundo críticos da postura do governador de Minas, o chefe do Executivo desenvolve uma estratégia de aliança com opositores do PSDB nacional. Não são poucos os membros do PT que ocupam cargos no governo de Minas Gerais. De acordo com estes opositores, o governador de Minas passou a desenvolver um projeto político pessoal, pouco se importando com questões de ordem partidária. Ainda acusam o governador de comandar sua base no Congresso Nacional apenas na defesa de seus interesses, mesmo quando se tratava de questões maiores e programáticas. Acusam a bancada mineira, ligada ao Palácio da Liberdade, de ser uma “linha auxiliar” do Palácio do Planalto.
CPT acusa Vale de ter comprado ilegalmente lotes em assentamento no Pará
A Comissão Pastoral da Terra acusou quarta terça a Companhia Vale de ter comprado ilegalmente lotes em dois assentamentos para explorar níquel no sul do Pará. Segundo Frei Henry des Rosiers, advogado da comissão, a empresa não teria obtido autorização do Incra.
A pastoral afirmou ainda que a Vale destruiu casas, plantações, estradas e causou danos ao meio ambiente. A Companhia Vale declarou que não comprou áreas de assentamentos e que as pessoas que estavam na terra foram indenizadas.A empresa alega que não houve crimes ambientais porque o empreendimento está em fase de instalação. A Vale também afirmou que pediu a área ao Incra e que recebeu um parecer favorável. Em nota, o Incra afirmou apenas que está apurando as denúncias.
Grupo é suspeito de desviar verba. TRF decidiu que corregedor não teria competência para determinar as prisões
O Tribunal Regional Federal (TRF), em Brasília, determinou a soltura de todos os envolvidos na Operação Pasárgada, da Polícia Federal (PF), que prendeu 50 pessoas, incluindo 17 prefeitos de Minas Gerais e da Bahia. O grupo é suspeito de desviar dinheiro do Fundo de Participação dos Municípios. Nessa sexta-feira (11), a corte do tribunal se reuniu e decidiu que o corregedor que determinou a prisão de um juiz federal não teria competência para isso. De acordo com a assessoria de comunicação do TRF, a atuação do corregedor é "meramente administrativa, não alcançando medidas judiciais restritivas de direitos". A determinação foi estendida a todos os detidos.A investigação da PF, iniciada há oito meses, revelou o envolvimento de magistrados, prefeitos, advogados, procuradores municipais, assessores e lobistas. A partir de decisões judiciais, a verba federal era repassada a municípios em débito com o INSS.
O prefeito da cidade Morena, Juca Tigre, encontra-se foragido desde o início da operação Pasárgada. Juca Tigre era protegido do Leitão e do Militão pela sua corrupção, agora ficará protegido no camburão, para alívio da população, que anda ansiosa para vê-lo no cadeião.