O Paraguai, segundo país pobre da região, não pode repetir o mesmo erro", diz o texto.No editorial, intitulado Poor Paraguay (Pobre Paraguai, em tradução livre), o jornal afirma que apesar de a vitória de Lugo se tratar de "um evento extraordinário, até revolucionário" no contexto histórico do país, o novo presidente deve agir com cautela.
Segundo o diário britânico, com exceção de sua postura sobre o tratado de Itaipu, o discurso de Lugo era "claramente vago" e seus planos de acabar com a corrupção e reduzir a pobreza, difíceis de colocar em prática dadas as condições atuais do Paraguai.
Além disso, o Times afirma que, apesar da derrota nas eleições, o Partido Colorado permanece como uma "máquina política formidável" e tem a maioria no Senado, o que limitaria as opções de governo do presidente eleito.
Por isso, o diário sugere que Lugo "coopere e siga os passos do seu parceiro brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva". Segundo o jornal, apesar de o líder brasileiro já ter afirmado que não irá mudar os termos do Tratado, ele teve "a honestidade de admitir que os termos atuais são duros com o Paraguai e que o Brasil deve aumentar a ajuda que oferece ao vizinho".
De acordo com o Times, um acordo como este pode permitir que Lugo faça alguns progressos sociais e econômicos e ganhe tempo para as reformas que pretende implementar.
"Lula, que provou ser um democrata social astuto e que está modernizando o seu país, seria um excelente exemplo para o novo presidente do Paraguai", diz o texto. "Ele também oferece um contraste entre outros exemplos óbvios de liderança, como Hugo Chávez, na Venezuela".
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