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12 de out. de 2006

Alckmistas vão da euforia à tensão em 3 pesquisas

Durou quatro dias e três pesquisas a euforia que tomara conta da campanha de Geraldo Alckmin na noite de domingo. O candidato tucano está de novo às voltas com um adversário quase tão difícil de ser batido quanto Lula: o ceticismo de seus aliados.

Nas pegadas do Datafolha, que identificara a ampliação da vantagem de Lula (56% dos votos válidos) sobre Alckmin (44%) de 8 para 12 pontos, outros dois institutos divulgaram pesquisas nesta quinta. Os números são diferentes. Mas a tendência que esboçam é a mesma.

Pelo Ibope, considerando-se apenas os votos válidos (sem brancos, nulos e indecisos), Lula teria 57% contra 43% de Alckmin –14 pontos de diferença. De acordo com o Vox Populi, Lula (55%) estaria dez pontos à frente de Alckmin (45%).

O que mais desconsola os políticos próximos ao comitê tucano é o fato de que todos contavam com um reinício de campanha mais alvissareiro. Apuradas as urnas, Alckmin (41,64% dos votos) fora ao segundo turno distante apenas sete pontos percentuais de Lula (48,61%). Um desempenho com o qual talvez nem Alckmin sonhasse.

Imaginou-se que, iniciada a segunda rodada, as primeiras pesquisas mostrariam um Alckmin em ascensão e um Lula em descenso. A expectativa foi tonificada pelo debate de domingo. O que se vê, porém, é a ampliação da vantagem de Lula. Torce-se para que o reinício da propaganda televisiva, nesta quinta, sirva ao menos para estancar a fuga de votos em searas tidas como alckmistas –os escolarizados e de maior renda, por exemplo.

Por ora, prevalece no tucanato a impressão de que, a duas semanas da eleição, não há muito a fazer além de calibrar o discurso da publicidade eletrônica e tentar avançar sobre o eleitorado dos três principais maiores colégios: São Paulo, Minas e Rio. Exceto por Alckmin e seu time de marketing, aparentemente imunes ao pessimismo, o resto do comando da campanha parece ter mais dúvidas do que certezas.

Uma das incertezas que rondam o comitê de Alckmin diz respeito ao timbre da campanha no campo da ética. O receio de tucanos e pefelistas é o de que o dossiêgate, um trunfo que ajudou a levar o candidato Alckmin para o segundo turno, esteja começando a perder fôlego. A cobrança –“De onde veio o dinheiro?”– será mantida. Mas há dúvidas quanto à eficácia do tema como alavanca eleitoral.

A campanha de Lula, de resto, não está imóvel. Além de manter a pregação de que a tentativa de compra do dossiê foi um "grave erro", vende a tese de que Alckmin ataca Lula porque lhe faltariam propostas. Aposta-se no Planalto e no comitê de campanha petista que o Alckmin dos próximos debates televisivos –haverá pelo menos mais três—virá bem mais manso do que o Alckmin de domingo passado.
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