Ladrão do Banco do Brasil e recordista em processos criminais e cíveis, por enriquecimento ilícito, o candidato do DEMO a prefeito de Montes Claros, Ruy Muniz, se apresentou no programa eleitoral gratuito desta sexta-feira, 22, como um “ex-esquerdista romântico”.
Reafirmando sua já conhecida falta de caráter e de apreço à ética, deu uma explicação inverossímil e repulsiva ao rombo que causou ao BB e, por tabela, às economias do povo brasileiro. Subestimando a inteligência dos eleitores de Montes Claros, aos quais diz, com a maior cara-de-pau, que quer representar, disse que tudo não passou de uma atitude romântica de alguém de esquerda que estava lutando contra a ditadura e pelo bem do Brasil. “Era para dar aos pobres”, justificou. Se comparar com mártires da luta pela redemocratização do país, cujo desfecho vitorioso custou a vida de tantos, além de torturas e exílios, é uma atitude calhorda, de um moleque aventureiro e irresponsável, sem princípios e nenhum escrúpulo.
Se colocar no mesmo patamar de quem defendia uma causa pensando no bem do país e nas gerações futuras, de gente que, independentemente dos métodos que utilizava, tinha propósitos nobres e firmeza de sentimentos, é chegar ao cúmulo da falta de respeito.
Ao vomitar mentiras num horário em que as famílias se reúnem em frente à televisão para ouvir propostas dos candidatos, o senhor Ruy Muniz parece ter dado o pontapé inicial do “vale tudo” na campanha eleitoral.
Mentindo, quer assumir o papel de vítima. Quer sensibilizar enganando. Aposta que o eleitor é incauto. Que não sabe de sua verdadeira intenção quando roubou o Banco do Brasil. Que o fez em benefício próprio, como um reles ladrão, papel, este sim, que lhe cabe bem. O seu ato nada teve de “romântico”.
O que lhe inspirou não foi o desejo de lutar por um Brasil melhor, como o fizeram tantos heróis que reverenciamos e a quem devemos o estado de direito que vivemos hoje. Pelo contrário. Cinicamente, diz que se arrependeu, mas continua roubando. É um criminoso. Transitado e julgado. E é vocação dos criminosos continuar praticando crimes.
As falcatruas contra o INSS, por exemplo, são de arrepiar. O que dizer dos desvios praticados tendo como pano de fundo suas faculdades?. Excetuando o que ainda é segredo de Justiça, está tudo à disposição de quem quiser conferir. Qualquer cidadão pode ter acesso. São dezenas de ações tramitando contra Muniz, muitas delas trabalhistas.
É pública e notória sua aversão a pagar o que deve, inclusive para funcionários. Mas, não é só. São muitos os casos de credores que já se desesperaram ante os “canos” dados pelo pilantra que almeja ser prefeito de Montes Claros.
Há casos de pessoas que pensaram até em suicídio, vítimas dos prejuízos causados por Ruy Muniz. Outros, como o padre Murta, ícone da dignidade e um dos maiores intelectuais e educadores de Montes Claros, sofreram em silêncio. Padre Murta faleceu recentemente, doente e de desgosto, depois de ser torturado emocionalmente pelo episódio que envolveu a perda do prédio em que funcionava o Colégio São Norberto, de sua propriedade.
Foi enganado pelo estelionatário Ruy Muniz que, como fez em inúmeros outros casos, comprou o imóvel e não pagou. O que se está presenciando na campanha eleitoral é a tentativa de um bandido de enganar a população de Montes Claros. O que ele fez pode ser configurado como mais uma modalidade de crime do seu inesgotável arsenal. Só que desta vez, o crime é contra a boa fé das pessoas. Talvez esse, dado seu objetivo, seja o pior deles.
Quer saber mais sobre Ruy Muniz? Acesse o Blog Quem é Ruy ou compre um exemplar do jornal O Tempo, no próximo domingo dia 24 e na segunda dia 25, para saber parte desta Coisa Ruim.
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2 comentários:
O "profe$$or" Ruy Muniz, empresário do rendoso mercado da educação privada, está menosprezando o conhecimento de história do Brasil dos montesclarenses. Como militante político que participou da resistência à ditadura militar, na década de 70, eu fico indignado com mentiras descaradas como esta deste auto-intitulado "ex-esquerdista romântico" que deu um golpe finaceiro "para dar aos pobres". Os assaltos a bancos para financiar guerrilhas na luta contra a ditadura eram feitos por organizações políticas de esquerda. Isto aconteceu, de 1969 até meados de 1973. Os métodos podem ser questionados, mas jamais sua finalidade. É esta confusão que o "profe$$or" quer fazer. Quer estar no mesmo patamar daqueles que arriscaram ou deram a vida pelas liberdades democráticas. É totalmente diferente do desfalque de 1,34 milhão de dólares no Banco do Brasil, acontecido em 04 de maio de 1987, nas agências de Janaúba e Savassi, de BH. Este foi um ato de um bandido de colarinho branco e seus 2 comparsas, para benefícios próprios. Ruy foi preso e confessou o crime. Não fez uma declaração sobre luta política. Até porque o Brasil vivia um momento de redemocratização, de debate da nova Constituição, promulgada em outubro de 1988. Ele não conseguiria enganar ninguém. Ruy foi condenado, não como prisioneiro político como aqueles que lutaram contra a ditadura. Foi preso como estelionatário comum, pelo DOPS. Através de mexidas políticas foi transferido para a cadeia de Montes Claros e posteriormente libertado, algum tempo depois, com o abatimento de alguns anos do que deveria passar na cadeia.
Coisas (in)justiça brasileira.
daqui a pouco ruy era o hobbin hood e ngm sabia... kkk³
sem flar que ele disse que fko preso num presidio de tortura =P coisa quem nem existia mais na epoca...
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