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O partido também está de olho na agenda para a economia. Redução de impostos e de juros, aumento de salário mínimo é o que o eleitor diz mais querer. Privatização, nem pensar. Questionados se o governo deveria retomar a Vale do Rio Doce — privatizada em maio de 1997 —, 64,1% dos entrevistados disseram que sim. O cientista político Nelson Carvalho avalia que o espaço para a agenda liberal no campo econômico é muito pequeno. “O eleitor é conservador”, atesta Carvalho.Seis perguntas de “a favor ou contra” confirmam o lado mais conservador dos entrevistados. A maioria é contra a legalização do aborto, das drogas e do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Defende a pena de morte para crimes hediondos e tratamento duro, chamado de regime militar, para menores delinqüentes. Também são a favor de soluções radicais para melhorar a segurança: Exército nas ruas, penas mais severas e redução da maioridade penal. Medidas condenadas por sociólogos e criminalistas. “Foi uma pesquisa de posicionamento, para entender como o cidadão está vendo o país e os partidos”, explica o presidente do Democratas, o deputado federal Rodrigo Maia (RJ). O PT ainda é o partido mais simpático e encarado como o defensor dos trabalhadores, dos pobres e também da classe média. “As denúncias e a crise aparentemente não prejudicaram a imagem do PT, ainda muito ligada ao presidente Lula”, observa o cientista político Nelson Carvalho, lembrando que Lula é bem avaliado, mas não áreas específicas do governo. “Populismo é assim. Governo mal avaliado e a pessoa com notas boas. Mas vai se esgotar”, diz Rodrigo Maia. (Matéria do Correio Braziliense)
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