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14 de jun. de 2007

Mistério desvendado

Ao cumprir mandado de busca e apreensão na casa do ex-metalúrgico Genival Inácio da Silva, o Vavá, a Polícia Federal colheu o que julga ser provas documentais dos crimes oriundos do lobby. Tratam-se de dois envelopes, um branco e outro pardo. A PF realizou a busca no último dia 4 e vinha mantendo o auto de apreensão guardado a sete chaves. O delegado responsável, Alexandre Custódio, fechou ontem o relatório final do inquérito gerado a partir da Operação Xeque-Mate e o mandou à Justiça Federal. O primeiro envelope, “branco tipo carta”, na descrição da PF, tem num dos versos as palavras “Sen. Aloizio Mercadante”. Dentro, há uma folha de papel sulfite em que a Distribuidora Rezende S/A Comércio e Indústria explica ser credora da CSN em aproximadamente R$ 13,7 milhões. No último parágrafo, a finalidade da carta mandada a Vavá: “A Rezende pretende um acesso à CSN para propor um acordo para pagamento da dívida, ainda que seja de forma parcelada, mas para tanto depende de alguém que viabilize este acesso para abrir negociação”. Carta - No segundo envelope, “amarelo tipo ofício”, há no verso “Ao Excelentíssimo Senhor — Luiz Inácio Lula da Silva — DD. Presidente da República — Em mãos”. A carta que o preenche tem quatro folhas assinadas por Neto Augusto da Silva. Ele escreveu: “Valho-me da colaboração do amigo Vavá que se incumbiu de fazer chegar às mãos de Vossa Excelência o pleito de inúmeros desapropriados no sentido de agilizar o trâmite do processo n. 00.06.89279-5 que tem andamento há mais de 20 anos pela 7ª Vara Federal de Porto Alegre”. O processo em questão é movido pela União contra 29 pessoas físicas e jurídicas que tiveram imóveis desapropriados pelo governo. No site do Tribunal Regional Federal da 4ª Região informa-se que o caso está parado “aguardando juntada”. Significa que uma das partes ou o Ministério Público pediu para anexar documentos, mas ainda não o fez.Questionado pelo delegado federal Antonio Carlos Knoll sobre as cartas, Vavá respondeu que eram pleitos de pessoas conhecidas, pedindo-lhe ajuda. Mas afirmou que não pretendia entregar os envelopes aos destinatários e disse não ter pedido dinheiro para o serviço. Já se fala em achar uma forma de identificar e punir os responsáveis por vazamentos de informações e gravações contidas em inquéritos da Polícia Federal. Ontem, o ministro da Justiça, Tarso Genro, reuniu-se com o diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, e com o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza. Decidiram buscar soluções técnicas para criar uma espécie de marca de quem manusear os inquéritos e gravações para identificar os responsáveis dos vazamentos. “O Estado tem de armar para preservar o direito à intimidade das pessoas”, diz Tarso Genro.Tarso Genro defende a Polícia Federal, que está sob seu comando. “As gravações não são distribuídas pela PF”, disse ontem. “Esses inquéritos ficaram com a polícia durante meses sem nenhum vazamento. Só vieram a público depois que foram distribuídos aos advogados dos investigados”. Mas no Palácio do Planalto, há ministros convencidos de que a fonte dos vazamentos é mesmo a PF, numa estratégia para ganhar pontos com a mídia e fortalecer a instituição. (Fonte: AQUI).

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