Governador mineiro tenta inviabilizar pretensão de Azeredo, lançando Itamar para disputar prefeitura de Belo Horizonte
Em resposta ao grupo ligado ao senador Eduardo Azeredo, que articulou a saída do presidente do PSDB municipal de Belo Horizonte, Léo Burguês, amigo do governador de Minas, envolvido recentemente em um enorme escândalo por desavenças física e financeira com alguns travestis na capital, Aécio Cunha reage através de Nárcio Rodrigues, seu escudeiro e presidente do PSDB estadual.
Com a saída de Léo Burguês da presidência do diretório municipal do PSDB de Belo Horizonte, o comando passa para o grupo de Azeredo.
Aécio e Azeredo nunca tiveram boas relações e, agora, com a inarredável decisão do governador em boicotar a candidatura de Azeredo, as coisas devem piorar. Ciente que dois nomes já estão colocados como pré-candidatos tucanos - o deputado estadual João Leite e o senador Eduardo Azeredo -, a cogitação de apoio a uma eventual candidatura de Itamar só servirá para esvaziar o crescimento dos dois pré-candidatos.
O divulgado é que o ex-presidente se filiaria ao PPS e disputaria a sucessão municipal com o apoio do PSDB.
Sem partido desde que deixou o PMDB, no ano passado, após perder para o ex-governador Newton Cardoso a convenção que indicou o candidato ao Senado, o ex-presidente vem servindo ao governador mineiro como instrumento de discórdia em diversos assuntos políticos. Como já dito pelo jornalista Ruy Nogueira, Itamar representa qualquer papel.
No início da semana, o diretório mineiro do PPS, dominado e financiado pelo atual ocupante do Palácio da Liberdade, homenageou Itamar Franco com uma placa alusiva "aos feitos políticos e administrativos do período em que esteve à frente dos destinos do país". Veja o quanto à política mineira retrocedeu.
Antes, caixa de repercussão dos principais acontecimentos políticos nacional, agora tem que promover a entrega de uma placa para ter motivo para gerar notícia.
Itamar disse que vai estudar o estatuto do partido e, nas vezes que foi questionado, negou interesse em disputar a prefeitura da capital. Para isso, ele teria de transferir para Belo Horizonte seu domicílio eleitoral até outubro próximo, um ano antes da eleição. O ex-presidente, que na verdade sempre quis uma boquinha no poder, ocupa atualmente o cargo de presidente do Conselho Administrativo do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), em troca vem apoiando a sonhada candidatura de Aécio à presidência da República em 2010.
Itamar mesmo, já disse que se dispõe a dar "qualquer contribuição" para que o governador alcance o Planalto e se eleja como sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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