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20 de jun. de 2008

Operação João de Barro

A Polícia Federal realiza nesta sexta-feira uma grande operação em Minas Gerais e outros sete estados para combater fraudes em concessões de verbas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Os agentes cumprem 38 mandados de prisão e 231 mandados de busca e apreensão. Segundo os levantamentos, os projetos envolvidos no esquema já receberam R$ 700 milhões em verbas públicas, mas também são investigados outros contratos que somam R$ 2 bilhões. A operação ocorre simultaneamente em Minas, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Goiás, Tocantins e no Distrito Federal. Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) realizada em 29 municípios do leste de Minas revelou indícios de fraude na execução de obras. Os policiais buscam documentos que ajudem a comprovar o desvio de dinheiro público na utilização de verbas federais para compra de material de construção. As fraudes estão ligadas, principalmente, à construção de casas populares e estações de tratamento de esgoto em vários municípios. O desfalque atingia as chamadas Transferências Voluntárias, recursos financeiros repassados pela União aos estados, Distrito Federal e municípios em decorrência de convênios ou empréstimos cedidos pela Caixa Econômica Federal e BNDES. Com menos dinheiro para a execução, as obras não apresentaram o padrão de qualidade e quantidade previsto no projeto original, como emprego de material de qualidade inferior, extensão da obra entregue menor que a estabelecida no projeto ou não realização da obra. Os agentes fazem buscas em Belo Horizonte e outras importantes cidades mineiras: Contagem, Ribeirão das Neves, Vespasiano, Itabira , Sabará, Nova Lima, Pedro Leopoldo, Montes Claros, Governador Valadares, Juiz de Fora, Divinópolis, Teófilo Otoni, Varginha, Oliveira e Formiga. A polícia ainda não divulgou detalhes da operação, mas há suspeita do envolvimento de políticos e funcionários públicos no esquema de fraudes.
UAI

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