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24 de jun. de 2008

Lula desabafa contra uso político de ação da PF

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje que nenhum ministro ou jornalista pode afirmar que a Operação João-de-Barro da Polícia Federal descobriu desvios de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Ninguém ainda pode dizer, nem a Casa Civil, nem a Caixa Econômica, nem o ministro da Cidade e nem o jornalista, qual obra está sendo investigada, pois o processo corre em segredo de justiça", reclamou em solenidade no Palácio do Planalto "Entretanto, a loucura que muitas vezes está impregnada na cabeça dos julgadores parte de forma muito agressiva, para fazer primeiro a acusação, e qual é o culpado? O PAC."
Na última sexta-feira, a assessoria do ministro da Justiça, Tarso Genro divulgou nota convocando a imprensa para uma "abordagem política" da operação. "A Polícia Federal investiga o desvio de recursos da construção de casas populares do Programa de Aceleração do Crescimento em alguns estados", destacava o comunicado da entrevista coletiva de Genro.Assessores do Planalto avaliaram que o discurso de hoje do presidente tinha alvo certo. Lula não teria gostado do estardalhaço feito pela Polícia Federal, comandada por Tarso, na semana passada para divulgar a Operação João-de-Barro, em que a marca "PAC" estava nos discursos. Genro trava nos bastidores do PT e do governo trava uma disputa por espaço com a ministra da Casa Civil, segundo auxiliares do presidente. Em tom forte, Lula reclamou que querem desqualificar o PAC com as denúncias sobre desvio de recursos. O presidente ressaltou que, se for comprovado o desvio de dinheiro, o responsável deve ser punido na forma da lei. "Eu deparei com manchetes assustadoras - ''Obras do PAC têm corrupção'' - e quando a gente vai pescar o tamanho do surubim, percebe que ali não tem nada mais que um mandi-chorão", afirmou.
No discurso durante solenidade de assinatura de obras do PAC, o presidente ressaltou que dos 119 municípios investigados, em apenas oito tinham obras com recursos já liberados do programa. Pelas contas de Lula, o dinheiro passível de desvio é de R$ 15 milhões, o que representa 1% dos recursos repassados. Ele fez questão de destacar que o trabalho da Polícia Federal, da Controladoria-Geral da União e do Tribunal de Contas da União revelou casos de desvio desde 1998. "O PAC é de 2007", disse.Lula disse que os prefeitos que estão sendo investigados não podem ser condenados antes da conclusão do inquérito. "A mim me magoa ver que nomes de pessoas aparecem em manchetes de jornal. E depois ninguém telefona para pedir desculpas pelas barbaridades e erros", afirmou. Para o presidente, se ficar provada a culpa, o responsável pelo desvio de dinheiro deve ser enquadrado na lei. "A esse, a lei, a justiça e, se necessário, a cadeia."
Antes de o presidente falar, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, em discurso, disse que o governo liberou R$ 1,8 bilhão para obras do PAC em 37 dos municípios que foram alvo da operação João-de-barro. Ela ressaltou que em apenas oito as obras já receberam recursos, num total de R$ 15,5 milhões.
"Entramos no chamado regime de cruzeiro. As obras do PAC saem dos projetos e começam a virar realidade em velocidade de cruzeiro", disse.

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