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4 de jun. de 2008

CELSO LEAL – CELSÃO

João Avelino Neto

Partiu no mês de Maio. Mês de Maria. Nada mais significativo e emblemático. A religião Católica era o seu credo espiritual. Foi professor da matéria na Escola Normal em tempos idos.
Andou. Viveu. Proclamou.
O teatro: uma arte e a paixão. Criou, dirigiu e ensinou. Zambi, Zumbi. Vida e Morte Severina. Retratos da terra, do homem, do pobre e da opressão. Mas sete palmos de terra é o que se leva do latifúndio, sem discriminação social e política.
Lembro-me que em 1982, no renascer da liberdade e da democracia, Celsão pensou-se ser candidato a vereador. Fez filiação. Sua ficha, todavia, desapareceu ou foi engavetada. Reagiu. Protestou. Nada alterou, entretanto, como sempre acontece nas artimanhas dos caciques políticos.
Presente e participante, a sua voz soava e ecoava nas salas, salões e nos bares. Clamava por um grande espaço cultural e artístico, onde se pontificasse um teatro de dimensão condizente com o povo e a produção artística da cidade. Espaço de convergência entre os povos periféricos e do meio da nossa urbe. Tinha até um local que apontava como ideal para se erigir este complexo das artes e da cultura popular. A área do terreno da antiga algodoeira de Capitão Enéas, localizada na confluência das avenidas Dep. Esteves Rodrigues e Cula Mangabeira com a Rua Raio Cristoff. Persiste o sonho de Celsão e o espaço, exigindo que seja acalentado, não obstante o Projeto do Banco do Nordeste do Centro Cultural Nordestino, no galpão da antiga Central do Brasil, onde está prevista a edificação de um teatro.
Viver, apesar dos perigos, é fazer o que se gosta, sem medo de ser feliz e dos hipócritas, não importando a quantidade de dias ou de anos. Celsão viveu a vida na mais expressiva forma de viver. Pobreza! Este eco continua soando em todos os lugares e bares da vida.
* João Avelino Neto é advogado

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