Foto: Oliveira Júnior
O MST de Minas Gerais denuncia que um latifundiário, junto com dois jagunços fortemente armados, fizeram um despejo violento de 49 famílias acampadas na Fazenda Andaraí, no município de Nova Porteirinha, no Norte de Minas. Uma mulher e seu filho de quatro meses foram feitos reféns pelos jagunços.
As famílias ocupavam o latifúndio de 1700 hectares desde o ano passado, e tramita na Justiça o processo de desapropriação. O acampamento tem o nome de Dom Mauro, bispo defensor da causa dos sem-terra, que morreu em 2006. No dia 03 de junho, terça-feira, foi decretada reintegração de posse, dando o prazo para saída das famílias até às 17h do dia seguinte. No entanto, duas horas depois da saída do oficial de justiça, o filho do proprietário, de uma tradicional família de latifundiários da região, chegou no acampamento, junto com dois jagunços armados, ameaçando e assustando as famílias sem-terra. “A polícia da cidade foi chamada na hora do ocorrido, mas a PM disse para nosso povo que não ia ao local, pois a cidade precisava mais deles”, denuncia Edvaldo Soares dos Santos, da direção estadual do MST.
O MST e a Comissão Pastoral da Terra denunciaram o despejo ilegal e violento aos órgãos públicos. Uma audiência foi marcada para o dia 26 de junho, em Montes Claros, para discutir a questão das milícias na região. Desde o ano passado, esse foi o quarto despejo violento realizado contra famílias sem-terra no Norte de Minas.
Fonte: MST
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