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28 de jan. de 2009

O QUE RESERVA O FUTURO?


Por Geraldo Elísio via Novo Jornal
Em 54 forças reacionárias, antinacionalistas, levaram Getúlio ao suicídio. Ele que voltara ao Poder nos braços do povo, em eleições diretas, mesmo egresso de uma ditadura de 15 anos da qual fora derrubado, sendo substituído pelo marechal Dutra.
Isto adiou em 10 anos o golpe de 64, perpetrado pelas elites dominantes que foram bater às portas dos quartéis e a política de alinhamento automático com os Estados Unidos. Coisas da Guerra Fria.
Em 82, o povo farto de tanta exceção institucional e findo o “milagre brasileiro” com o general Médici dizendo que o Brasil ia muito bem e o povo muito mal, elegeu livremente os primeiros governadores dos estados, pós 64. Em Minas, Tancredo Neves derrotou o atual senador Eliseu Resende e assumiu o Palácio da Liberdade.
A primeira entrevista coletiva de peso do novo governo, depois de Tancredo, foi a do general Golbery do Couto e Silva, dada na Secretaria de Estado da Cultura, organizada pelo ex-embaixador José Aparecido de Oliveira, na época chefiando a Pasta de Cultura.Mas o povo queria os seus direitos por inteiro.
Em 1984 os brasileiros se mobilizaram pelas Diretas-Já, lideradas por Ulisses Guimarães. Porém, a Emenda Dante de Oliveira foi derrotada.
Nos palanques, Tancredo trabalhava a favor das Diretas-Já e, nos bastidores, manobrava para que a eleição fosse indireta, o que interessava a ele e aos militares que temiam retaliações, precisando de um nome confiável. Daí a entrevista de Golbery, o artífice do golpe e também do desmonte do mesmo.
Na Praça Carlos Chagas, em Frente à Assembléia Legislativa de Minas, existe um monumento mandado construir ao tempo em que o deputado Mauri Torres era presidente da ALMG, onde aparece à frente a estátua de Tancredo Neves e, em segundo plano, as estátuas de Ulisses Guimarães e Teotônio Vilela.
Junto à Dr. Tancredo folhas de papel com o dístico “o primeiro compromisso de Minas é com a liberdade”.Para que a história seja correta deveria haver uma inversão: primeiro a estátua de Ulisses Guimarães, o “Senhor Diretas”, vindo a seguir os demais.
A frase junto a Tancredo não foi cunhada ao tempo da campanha das Diretas-Já e sim escrita pelo ghost writer, jornalista Mauro Santayana, no discurso de posse após as eleições de 82.
O ex-conselheiro do Tribunal de Contas, João Bosco Murta Lages, morreu reclamando não ter guardado o original escrito por Santayana.
Além desta frase, Tancredo Neves disse ainda: “A dívida do nosso País não será paga com o sangue dos brasileiros.” A propósito, o neto dele, o governador Aécio Neves, ensaia candidatar-se à Presidência da República.
Ótimo! Há muito Minas deseja ver um de seus filhos no comando do País. Itamar Franco chegou lá pegando carona com Fernando Collor de Melo que acabou sofrendo impeachment.
Mas são preocupantes alguns fatores a envolver a candidatura de Aécio. Primeiro, num momento de rara infelicidade inspirado por Itamar, a mídia publicou uma foto dele, Aécio, e do vice-presidente da República, José Alencar, com as mãos superpostas e a legenda “Minas contra São Paulo”. Se todos somos brasileiros, o gesto ganha ares de pueril.
E São Paulo detém 50% do PIB nacional e tem o maior colégio eleitoral do Brasil. Sem contar a amplitude de seus meios de comunicação e a influência que exerce sobre o Triângulo e o Sul do Estado de Minas Gerais.
Em segundo lugar, a constância com que surgem acusações de censura de imprensa envolvendo o governador Aécio Neves ou a sua irmã, a senhora Andrea Neves.
Verdade ou não isto não é um bom cartão de visitas para quem deseja ser presidente.
Da parte do Novojornal, sentimos isto na pele, mas felizmente a Internet tem características mundiais que fogem a determinados comportamentos e estamos aqui com o nosso número de acesso cada vez maior.
Se é verdade, um governante paga para que se diga bem dele, paga para que dele nada de mal seja dito, e o que é pior, acredita ser real a sua própria imagem produzida a peso de dinheiro, algo está errado.
Em terceiro, e mais preocupante é a possibilidade de adoção em nível nacional do “choque de gestão”, que ninguém sabe ao certo o que é, mas é claro, atende aos objetivos restritivos do Fundo Monetário Internacional – FMI – envolvendo lesões e riscos profundos às aposentadorias, garantias sociais e apontando para desemprego em massa, num instante em que o mundo vive a angústia da crise econômica que tem como epicentro os Estados Unidos da América.
Ao reverberar contra Fernando Henrique Cardoso, ao tempo em que FHC ocupava a Presidência da República, o ex-vice-presidente Aureliano Chaves disse que “nos países de primeiro mundo, a eficiência dos governantes é medida pelo número de empregos que eles criam.
No Brasil, a eficiência de um governante é medida pelo número de desempregos que ele produz.” Nos Estados Unidos, símbolo da esperança, Barack Obama quer criar quatro milhões de novos postos de trabalho. Por isso a esperança.
Quando o doutor Tancredo Neves derrotou Paulo Maluf no Colégio Eleitoral, vivíamos um período de sociedade civil contra o militarismo então reinante.
Hoje a disputa envolve civis contra civis e também aqui a esperança é de empregos e salários melhores que os subsalários existentes.
O assunto serve para ser meditado.
Geraldo Elísio escreve no "Novo Jornal". Prêmio Esso Regional de jornalismo, passado e presente embasam as suas análises.

2 comentários:

Anônimo disse...

Lunga,

Vi várias vezes a imprensa noticiar a Reforma Administrativa do Tadeu. E todos citam o enxugamento da máquina, com extinção de vários cargos e economia para o município. Vou transcrever, como exemplo, na íntegra, a coluna do Eduardo Brasil do dia 27 de Janeiro (http://www.onorte.net/colunas.php?id=5324) e depois comento abaixo:

"NO FORNO
· O projeto de reforma administrativa do executivo ainda não chegou ao legislativo. É ideação bem esperada por todos, bem vinda a partir do freio que dará aos gastos públicos bancados por nós e que até então faziam a farra desmedida de barnabés de plantão na Cula Mangabeira.

COMPENSAÇÃO
· Na ideação do prefeito Tadeu Leite, em oposição aos custos da criação de duas novas pastas (Juventude, Esporte e Lazer e Defesa Social) com todo o seu quadro de funcionários, com a reforma haverá em especial o enxugamento da máquina administrativa com a redução de cargos comissionados – que passarão de 468 para 345 – preenchidos por quem realmente for necessário ao município.

ALÍVIO
· No fim da contas, será mais de uma centena de cargos a menos, extinção que no mínimo representa uma economia mensal, por baixo, de 130 mil reais aos nossos bolsos.

ALIÁS...
· Austeridade é palavra chave da atual administração, que promete ir além da máquina azeitada, perseguindo a economia de gastos públicos com a implantação do choque de gestão. O programa, menina dos olhos dos novos gestores, já estaria em pleno curso trabalhado dinâmica e silenciosamente sob a coordenação de Tânia Fialho e promete resultados surpreendentes."

Pois bem. Acontece Lunga, que tive acesso ontem, em visita a um vereador nosso amigo, da nova lei encaminhada à Câmara pelo prefeito. E ao contrário do que apregoa, não passarão de 468 para 345. Sem contar os cargos comissionados (chefes de divisão, seção, etc) da Saúde e Educação e os Secretários (16), Secretários Adjuntos (cada secretaria terá um, dois ou três adjuntos) e cargos de Assessores criados, são 594 cargos de comissão!

Isso mesmo, não escrevi errado, não. São 594 CARGOS!!! Está lá na nova lei. Fora ainda os Secretários, Adjuntos, Assessores Especiais e Cargos da Saúde e Educação (que são as Secretarias que têm mais cargos na estrutura da Prefeitura)!

São 155 Chefes de Seção...
São 113 Assessores...
São 79 Chefes de Divisão...
São 67 Coordenadores...
São 39 gerentes...
São 26 Diretores de Execução...
São 40 encarregados de Serviços...
São 40 Encarregados de Setor...

E mais um monte de novos cargos!

Conforme consta na Lei, além destes 594 cargos: "Permanecem inalterados os quadros de Chefe de Seção e Divisão e/ou equivalentes nas unidades de ensino e de saúde, não inclusos no Anexo I". O Anexo I é que lista os 594 cargos, alguns deles citados acima.

A lei fala também que são 594 cargos "Além dos Secretários, adjuntos e equivalentes e outros decorrentes da estrutura organizacional estabelecida nesta Lei".

São agora 16 Secretarias, mais a Procuradoria Jurídica, Procuradoria da Fazenda, Assessoria Especial de Gabinete, Assessoria Executiva de Governo, Assessoria Técnico-Legislativa e Controladoria Geral, todos com Status e salários de secretarias.

E ainda a Esurb, Prevmoc, Instituto Randal e Transmontes.

São por baixo, uns 700 a 800 cargos, no mínimo, ante os 468 do Governo Athos!

Ah, é isso mesmo que vcs viram aí acima, eu não errei não. A nova Lei não extingue a Transmontes...

Como vi no site politicadebuteco.wordpress.com:
"Montes Claros precisa de Política séria e não Populismo. De Programas Sociais e não Assistencialismo. De Saúde e Educação e não de Clientelismo. Montes Claros precisa urgente de novos políticos."

E acrescento aqui: Montes Claros precisa urgente de veículos de comunicação que não se sujeitem, não sejam capachos e lambe-botas, que apenas querem receber o seu quinhão ao final do mês. Precisa de jornalistas sérios e comprometidos com a verdade.

Será que algum jornalista vai denunciar o fato? Duvido muito... Não existem jornalistas sérios em Montes Claros.
Postei esse mesmo texto no montesclaros.com e adivinha?... Não publicaram é claro!

Anônimo disse...

montesclaros.com é uma merda!