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30 de jan. de 2007
Decoro pra lamentar
Folha de S. Paulo financiou campanha do PSDB. Pode?

29 de jan. de 2007
CRIME ELEITORAL DE NOVO

De duas, uma. Ou Ruy é muito ingênuo e não sabe que não pode fazer campanha eleitoral, antes da determinação da Justiça Eleitoral, ou ele é um zombador da justiça, apostando sempre na impunidade.
Chacina de Unaí – Julgamento Já - A bala que mata o servidor fere o estado




No último domingo (28/01/07), em Unaí, um ato público marcou os três anos do Massacre dos auditores fiscais do Ministério do Trabalho, Eratóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage, Nelson José da Silva e do motorista Ailton Pereira de Oliveira, que foram mortos em uma emboscada, durante fiscalização de rotina contra o trabalho escravo. Os auditores foram averiguar denúncias de exploração de mão-de-obra em fazendas de plantação de feijão, de propriedade do prefeito de Unaí, Antério Mânica, do PSDB, um dos maiores produtores de feijão do mundo.
A manifestação foi realizada no local do crime, 50 km de Unaí, numa estrada de terra próxima ao Trevo das Sete Placas, com a presença de centenas de manifestantes, dentre familiares, auditores fiscais, amigos e dirigentes sindicais e religiosos. Os manifestantes usaram camisas, bonés e tarjas pretas com os dizeres: Chacina de Unaí – Julgamento Já”, “A bala que mata o servidor fere o estado”. Após o ato, os manifestantes voltaram para a cidade e fizeram uma passeada silenciosa até o Fórum pedindo julgamento já.
Justiça dos pobres – Na celebração ecumênica e no ato público, os manifestantes foram unânimes ao afirmarem que a justiça só pune os menos favorecidos, na maioria das vezes. Coincidência ou não, dos nove suspeitos, só seis estão presos, justamente os pobres. Os outros três estão em liberdade, beneficiados por habeas corpus. São eles: Antério Mânica, prefeito de Unaí, o irmão dele, Norberto Mânica, e o empresário José Alberto Costa.
A Central Única dos Trabalhadores – CUT/Regional Norte foi representada naquele ato por Zé Gomes e Catarina, do Sind-Ute e Venâncio, do Sindicato dos Vigilantes. Em Montes Claros, houve uma panfletagem no Mercado Central de Montes Claros, na feira de artesanato da Matriz e na missa de São Judas.
A CUT quer justiça e espera que o combate ao trabalho indigno seja uma bandeira de toda a sociedade.
Coluna Em Cima da Notícia - Jornal de Notícias de Montes Claros
CASO IGOR XAVIER - Em sua terceira edição, a Semana Cultural em homenagem ao bailarino Igor Xavier foi lançada na última sexta-feira, na Cachaçaria do Durães, pelos familiares, amigos e classe artística de Montes Claros ao bailarino e ator Igor Leonardo Lacerda Xavier, assassinado há cinco anos, e a justiça nem tchum. No lançamento houve show de Jana & César, Dioliver, que apresenta o melhor do pop-rock e Rógeres Gusmão, que interpreta clássicos da MPB. Uma pista de dança foi montada e, após os shows, o DJ Gatto comandou a pick-up, com o melhor das pistas de todo mundo e performances das drags Pamella Scaranzi, Rayssa D’Luc e a Miss Montes Claros Gay 2006, Bárbara Karony.
AURÉLIO - Segundo Dener Kroger, técnico de saúde e quase advogado, a caracterização do crime de infanticídio, especialmente no que diz respeito ao reconhecimento do “estado puerperal” é um desafio à perícia médico-legal. Ao estabelecer um critério biopsíquico em contraposição ao critério de defesa da honra, o Código Penal de 1940 transferiu a responsabilidade de documentação material deste crime ao exame médico. Entendeu?
LÁPIS - O Procon de Montes Claros divulgou pesquisa de preços de materiais escolares, realizada nas papelarias da cidade e constatou variações consideráveis em vários itens. Leonardo, do Procon, sugere que façam grupos de consumidores para comprarem no atacado, que fica muito mais em conta. Como caminhar faz bem para a saúde e pechinchar faz bem para o bolso, então, perna para que eu te quero.
GOST - Fantasma da coisa pública é assim. Não pisa os pés no local de trabalho, mas de vez em quando aparece, bajula os chefes, dedura quem trabalha e desaparece novamente. E continua com os gordos salários...
2008 - A campanha “PT na prefeitura”, idealizada pelo advogado e ex-presidente do PT de Montes Claros, João Avelino, funcionou em 2004, elegendo Sued para vice-prefeito. Agora, ela volta à tona, sustentada pelo tempo gigantesco de TV e, principalmente, pelos programas sociais do governo federal. Os nomes para prefeito mais cotados no momento, é o da professora Cláudia Regina e do engenheiro Marcos Maia.
BR135 – Dias atrás, a imprensa noticiou dezenas de vezes, que o projeto do presidente da ACI, Jamil Habib Curi, para recuperar a maldita BR 135, foi autorizado pelo vice-presidente da República quando estava na presidência, para começar imediatamente. Agora a história na imprensa é outra, porque ninguém mais quer saber de pesquisar, só de “releasear”. A BR 135 de Itacarambi até a divisa com a Bahia, estava sim no PAC. E a outra parte, se o projeto não foi aprovado, passe por Pirapora. Tá um colôço.
LADEN - O irmão jesuíta, João Luiz, da rádio Cidadania, mudou-se para Moçambique, na África, para evangelizar aquele povo, mas vive contando nos dedos os dias que faltam para voltar pra Montes Claros. Quer novamente movimentar esta cidade, pelas ondas de sua Cidadania “comunitária”. (Foto João Luiz)
COTAS – As cotas para entrar nas universidades públicas, foi um tremendo avanço que tivemos nos últimos anos, quando cursar uma universidade era coisa para poucos. Os portadores de deficiências visuais, Fabiana Batista e Rick Ralyson, são os mais novos exemplos. Eles foram aprovados nos cursos de Educação Física e Direito, respectivamente, na Unimontes, graças a este sistema. Apesar dos críticos, esta discussão já não provoca tanta polêmica como antes. Hoje o tema é visto com mais clareza, em uma sociedade que por algum tempo tinha dificuldades de se ver no espelho. Ainda bem, que o cego não precisa de espelho.
CRISE - A coisa tá feia. Tem faculdades pegando acadêmicos a laço. Aos poucos, quem cobrava o olho da cara nas mensalidades, estão sendo obrigados a baixar os preços. E mesmo assim, as salas de aulas encolhem a todo dia. Na de jornalismo então, nem se fala.
FALTA DE ASSUNTO - De acordo com Buiú, a coroa que cisma que é adolescente, Susana Vieira, vai hoje ao programa do Faustão, falar sobre o escândalo envolvendo seu marido, o PM Marcelo Silva. Para quem tem saco de assistir Faustão ou Gugu, é uma boa pedida.
FILA – A Telemar inverteu o papel. Para conseguir falar com seus atendentes, até que é fácil. Duro é pegar a senha. A fila é quilométrica.
SINDICATO - A Justiça do Trabalho anulou a eleição do Sindicato dos Servidores Municipais de Montes Claros, determinando a reintegração dos verdadeiros diretores daquela entidade, até que novas eleições ou novas deliberações por Assembléia Geral sejam realizadas. Para o autor da Ação, Valmore Edi, a Justiça acabou com a farsa destas pessoas inescrupulosas, estranhas ao estado de direito, que arrombaram, invadiram e ocuparam o Sindicato, num ato ilegítimo, ilegal, irresponsável, imoral e, sobretudo inaceitável neste golpe aplicado sobre todos os servidores.
PANFLETAGEM – Na última quarta-feira, foram distribuídos, na prefeitura inteira, vários exemplares do Jornal de Notícias, para divulgar a sentença da Justiça do Trabalho, que afastou Vicente, Agenor & Cia, daquela entidade, para não causar danos irreparáveis aos servidores municipais. Penso que esta ação tenha sido realmente do Sindicato, senão, o filho de Dona Laura, tem toda razão em sua manchete.
AÇÕES – Para recuperar os bens surrupiados, o advogado Waldenor, impetrou ações de busca e apreensão, contra todos os “diretores”, que invadiram o Sindicato dos Servidores e sumiram com documentos, carro, máquina fotográfica digital profissional, aparelhos de som, computadores, notebook, pen drive, scaner e mais uma lista enorme que não cabe nesta coluna. Quem entrou de gaiato nesta história, anda com a pulga atrás da orelha.
COMISSÃO – A farra sindical não pára por aí. Ela continua em quase todas as comissões de negociações. Mas esta máfia anda com os dias contados. A Polícia Federal está próxima de desvendá-la. Vai voar pelegos pelas chaminés.
PV - A direção estadual do Partido Verde esteve na cidade para legitimar os últimos atos do PV local. E como aposta é dívida, Evandro Barros ganhou seis cervejas.
OAB – Quarta-feira, 31, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil se liberta com a saída do tucano Roberto Busato. A direita brasileira perde, assim, um dos mais importantes aparelhos na luta sem tréguas e sem ética que travou, em 2005 e 2006, contra o povo, o presidente Lula e a democracia brasileira.
BOM EXEMPLO - O PT de salinas usou os incisos II , III, X e XI do art. 213 do Estatuto do Partido, que referencia na infidelidade partidária e na participação de petistas em campanhas adversárias, para expulsar o prefeito Zé Prates. Por que o PT daqui não faz a mesma coisa com suas traíras, né Fefedo?
AMOR ROXO - Carlos Pereira, o popular Gama, não pode enxergar uma moeda em seu caixa, que corre para a farmácia para comprar tablete Santo Antônio. Deve ser por isso que seu cabelo só anda preto igual um tição.
BAR SIBÉRIA – Cascão ainda não voltou. Ele anda de birra com Sonca. Não adiantou nada da campanha “Volte Cascão” lançada aqui na semana passada, a pedido da turma de Tião Sibéria. Mas a campanha continua: Volte Cascão!
URINOL - Depois que Durães foi notificado pela Secretaria de Saúde, alegando que os bebuns estavam urinando na rua, próximo ao seu bar, ele comprou e distribuiu penicos pra todo mundo, que não tem lugar para fazer suas necessidades urinológicas e caganológicas nas proximidades da Praça da Matriz, da favelinha do Mercado e da raspadinha da Fafil.
Apresentador rasga bandeira do Brasil

Há algo de novo acontecendo no antigo quintal dos EUA

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Brasil (Luiz Inácio Lula da Silva);
Argentina (Néstor Kirchner);
Chile (Michele Bachelet);
Bolívia (Evo Morales);
Equador (Rafael Correa);
Venezuela (Hugo Chaves).
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Rafael Villa, venezuelano e doutor em ciência política pela USP, diz que a eleição e, em alguns casos, a reeleição de presidentes de esquerda "significa que as opções conservadoras são vistas como fracassos".
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O professor do Departamento de Relações Internacionais da UnB, Virgílio Arraes, diz que "o que une todos esses países é a decepção com os resultados produzidos pelo neo-liberalismo".
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"O neo-liberalismo privilegiou o consumidor, e não o cidadão", completa Arraes.
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O presidente da Bolívia, Evo Morales, e o recém-eleito equatoriano Rafael Correa são os principais exemplos de uma tendência que visa atropelar os outros valores e poderes da democracia clássica, o Legislativo e o Judiciário.
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Ambos falam em realizar profundas modificações nas Constituições de seus países.
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Esses governos, na verdade, reproduzem comportamentos populistas, longe dos governos da década de 90 que visavam fortalecer os Estados Unidos e enfraquecer o povo da América do Sul.
28 de jan. de 2007
DE olho

Porquê será que Mídia esqueceu o BURACO DO METRÔ (ALCKMIN)? Lembram do BURACO DA MARTA? A FSP ficou martelando durante ANOS a fio tal episódio.
Se fosse o PT o Governador no DIA DO DESASTRE, tinha até CPI na CÂMARA FEDERAL e Blogs e mais Blogs SENDO CRIADOS a cada segundo. E esses Blogueiros enviando E-MAILS ( vai gostar de enviar E-mails assim no raio que os parta) para Deputados.
Porém o buraco é mais em baixo.
Como ALCKMIN é o MICO que o PSDB quer ver MORTO e SEPULTADO, esses "blogueiros" não querem nem tocar no nome do cara. Reparem nos blogs deles se há alguma menção sobre o BURACO... e sobre o CHUCHU!!!
26 de jan. de 2007
Demorou... Dossiê requentado, segundo Gustavo Fruet, inaugura golpes baixos na eleição da Câmara

Saiu no blog Fora Aécio
- Por Josias de Souza - http://foraaecio.blogspot.com/
Ao espalhar violência a esmo em São Paulo e no Rio, os dois centros urbanos mais vistosos do país, o crime organizado introduziu uma inusitada novidade na cena nacional: em vez de agir nos subterrâneos, como convém aos ? negócios?, os delinqüentes decidiram mostrar a cara. Atacam instalações policiais, incendeiam ônibus, afrontam o Estado. É como se houvessem concluído que não há existência fora da mídia. Querem aparecer no ? Jornal Nacional?. Roubam a cena, estebelecendo um caos que oferece ótima matéria prima para um recomeço, um convite à renascença. O caos intima o governo federal e as administrações estaduais à ação conjunta.
Sérgio Cabral, o novo governador do Rio, oferece a Brasília uma oportunidade única de mostrar eficiência. Diferentemente da administração paulista, Cabral aceitou tudo o que o governo federal tem a oferecer: Força Nacional, Forças Armadas e até o acesso às vagas disponíveis no presídio federal de Catanduvas (PR). Vai funcionar? Talvez não. Um descalabro de décadas não se resolve em semanas, meses ou no intervalo de um mandato. A repressão, de resto, não é o único remédio contra o câncer. É preciso limpar a polícia, humanizar os presídios, levar os serviços do Estado às comunidades pobres, hoje sob o domínio do tráfico.
A despeito da dúvida, Cabral acerta ao apostar na parceria com Lula. Se o crime é organizado, por que o Estado deveria insistir na desorganização? Espera-se que a colaboração se estenda ao aparato de inteligência e às engrenagens de controle da movimentação financeira. Impossível deter o crime sem mapear-lhe o patrimônio e os tentáculos financeiros.Há, porém, uma grande ausência em todo esse debate. Falta ao enredo um personagem central: o grande nariz. O crime diversificou os seus negócios no país. Possui ramificações até no roubo de cargas. Mas a base de tudo continua sendo o comércio de drogas. Vende-se cocaína porque há no mercado quem se disponha a sorvê-la em grandes quantidades.Cocaína é coisa cara. A sobrevivência do negócio está escorada num mercado de consumo de elite. Deseja-se combater o tráfico, mas tolera-se o consumo da droga. Fala-se em Marcola, em Fernandinho Beira-Mar, mas arma-se uma barreira de silêncio em torno do grande nariz. E por quê? Simples: o nariz invisível não é mencionado porque, se fosse, não haveria investigação. Ele é empinado demais para ser exposto em boletins policiais.
O grande nariz não está nem favela do Rio nem na periferia de São Paulo. Ele trafega em ambientes mais sofisticados: coxias de shows, camarins de desfiles de moda, corredores do Congresso, redações de jornal... Nas festas onde há drogas, entre uma cafungada e outra, ternos Armani e decotes Versace se dizem chocados com o noticiário sobre as atrocidades praticadas por criminosos. Deseja-se combater verdadeiramente o crime organizado? Pois antes é preciso que a sociedade comece a enxergar o nariz invisível que cheira nos ambientes requintados das grandes cidades. O grande nariz sustenta o tráfico, paga o suborno à polícia, financia a matança e banca a gasolina que incendeia ônibus
Filado Daqui
Semana Igor Xavier: Arte, cultura e saudade

Em sua terceira edição Semana Cultural em homenagem ao bailarino Igor Xavier terá lançamento nesta sexta-feira, com participação de toda a classe artística de Montes Claros. A Cachaçaria do Durães, local escolhido para sediar o lançamento, era o preferido do bailarino
Jerúsia ArrudaRepórter
Música ao vivo, poesia, mostra de vídeo, teatro, performances marcam a programação da 3ª Semana Cultural Igor Xavier, que acontece no período de 09 a 16 de março em Montes Claros.
Com tema Paradise, o lançamento da Semana que acontece nesta sexta-feira, faz uma prévia da programação, com show de Jana & César, Dioliver, que apresenta o melhor do pop-rock e Rógeres Gusmão, que interpreta clássicos da MPB. Uma pista de dança será montada e, após os shows, o DJ Gatto comanda a pick-up, com o melhor das pistas de todo mundo e performances das drags Pamella Scaranzi, Rayssa D’Luc e a Miss Montes Claros Gay 2006, Bárbara Karony.
O lançamento será na Cachaçaria do Durães, na lúdica Rua Justino Câmara, no centro histórico da cidade.
Segundo os coordenadores, o objetivo do espetáculo é angariar fundos para a produção da Semana Cultural, que neste ano terá sua programação expandida, com apresentações em diversos pontos da cidade.
3ª SEMANA CULTURAL
Homenagem dos familiares, amigos e classe artística de Montes Claros ao bailarino e ator Igor Leonardo Lacerda Xavier, assassinado há cinco anos, a Semana desafia e promove nomes consagrados e revela artistas anônimos, com seus impulsos estéticos, pretensões e gostos. Marlene Xavier, mãe de Igor Xavier e idealizadora do projeto, diz que a Semana tem como proposta renovar e implantar um sentido de fraternidade artístico-cultural e é uma forma de manter viva a memória de seu filho.
- Além da Semana Cultura que realizamos anualmente, também estamos encaminhando o projeto da Fundação Igor Xavier, uma casa onde jovens e adolescentes serão recebidos e amparados. A Fundação vai proporcionar aos jovens um espaço onde possam desenvolver suas habilidades artísticas, aprender uma profissão, de forma que possam ter uma oportunidade de trabalho, sempre através da arte. Fico muito agradecida a Deus por me dar coragem de lutar e é muito gratificante saber que posso contar com apoio de tanta gente – diz Marlene.
Além da Semana Cultural e da Fundação, Marlene também escreveu um livro onde conta a história de Igor Xavier e toda luta que vem enfrentado desde sua morte.
- No livro De amor e sonhos, conto a vida física de meu filho; narro os sonhos que tive depois de sua morte e que me trouxeram de volta o desejo de viver; mensagens que pessoas maravilhosas me enviaram e que me ajudaram a entender melhor essa questão dos sonhos; envio uma mensagem aos pais de homossexuais e também clamo por justiça – explica Marlene, que diz que o dinheiro arrecadado com o livro será revertido na Fundação onde pretende desenvolver um trabalho voluntário junto à comunidade carente, com aulas e oficinas nos vários segmentos artísticos, com o objetivo de desenvolver a inclusão social e o resgate da cidadania.
PARADISE
Com participação de toda a classe artística de Montes Claros, o lançamento da 3ª Semana Cultura Igor Xavier acontece nesta sexta-feira, dia 26, na Cachaçaria do Durães, a partir das 22h. Os ingressos serão vendidos apenas na portaria, no valor de R$ 5 (cinco reais).
Fonte: AQUI
João Luiz Bin Laden quer voltar

Crime de Unaí completa três anos sem julgamento
A participação é livre e gratuita. Mais informações com a AAFIT em Belo Horizonte (MG), pelo telefone (31) 3201-9437.
Piadinha do dia

24 de jan. de 2007
Em campanha por Aldo

As pessoas têm que compreender que cada um tem sua maneira de pensar e por este motivo devem ser respeitadas.
23 de jan. de 2007
Globo derrubou delegado?
JUSTIÇA EXPULSA ASSECLAS DE TADEU LEITE

A Justiça do Trabalho anulou a eleição do Sindicato dos Servidores Municipais de Montes Claros, realizada no dia 28 de agosto de 2006, pelos asseclas do ex-prefeito Luiz Tadeu Leite, Vicente e Agenor, determinando a reintegração dos verdadeiros diretores daquela entidade, até que novas eleições sejam realizadas, conforme o estatuto da entidade, ou sejam tomadas novas deliberações por Assembléia Geral.
Para o autor da Ação, Valmore Edi Alves de Souza, a Justiça acabou com a farsa destas pessoas inescrupulosas, estranhas ao estado de direito, que arrombaram, invadiram e ocuparam o Sindicato, num ato ilegítimo , ilegal, irresponsável, imoral e sobretudo inaceitável, este golpe aplicado sobre todos os servidores.
22 de jan. de 2007
FHC diz que já tem a chapa à Presidência em 2010: Serra/Aécio
21 de jan. de 2007
Mais uma pobre é condenada pela justiça, por "tentar" matar

Nota da Comissão Executiva do PFL, assinada pelo Senador Herr Bornhausen:

O que entende de "liberdade" esse FASCISTA do PFL?
O que entende por democracia esse CIDADÃO, que um dia, do alto da soberba que caracteriza os "pobres" de democracia e carentes de solidariedade, disse que iria 'EXTERMINAR ESSA RAÇA", se referindo aos PETISTAS, numa alusão clara ao TOTALITARISMO e aversão À DEMOCRACIA.
Quem é esse "senhor" para falar de LIBERDADE, RESPEITO e REPÚDIO A AGRESSÃO?
Se quiser pode me processar, como fez com o EMIR SADER. Onde estava sua sensibilidade e entendimento sobre LIBERDADE DE IMPRENSA quando o processou?
Sei que tem muitos ALCAGUETES que, certamente, enviarão esse LINK PARA ELE. Aproveitem e enviem essa FOTO TAMBÉM:

Lavagem cerebral, não!

Coluna Em Cima da Notícia - Jornal de Notícias de Montes Claros
ESPORTE – BOLSA ATLETA – O governo Lula inova a cada dia, em prol dos mais necessitados. Agora mesmo, ele acaba de beneficiar os atletas que não possuem patrocínio, buscando dar condições para que se dediquem ao treinamento esportivo e participação em competições visando o desenvolvimento pleno de sua carreira esportiva.
SEGURANÇA – SUSP - Sistema Único de Segurança Pública foi criado para articular as ações federais, estaduais e municipais na área da segurança pública e da Justiça Criminal, hoje totalmente dispersas. O sistema é único, mas as instituições que farão parte dele são diversas e autônomas, cada uma cumprindo suas responsabilidades. O objetivo do SUSP é prevenir, criar meios para que seja possível analisar a realidade de cada episódio, planejar estratégias, identificar quais os métodos e mecanismos que serão usados. Sistemas de avaliação e monitoramento das ações também serão introduzidos para garantir transparência e controle externo das ações de segurança.
COMISSÃO – Ignorar a importância da cultura, do esporte, do meio ambiente e da segurança é jogar bola nas costas do prefeito. A extinção é o pior caminho. Os acadêmicos precisam refletir mais para evitar mais aborrecimentos para a cidade. Ou melhor, precisavam.
PRISÃO EM FLAGRANTE - A prisão em flagrante de pessoa que não tem advogado deverá ser comunicada à Defensoria Pública num prazo máximo de 24 horas para que o órgão designe um defensor para acompanhar o caso. A determinação está prevista na Lei 11.449, que contribuirá para atender pessoas sem condições de pagar advogados e reduzir a superlotação nos estabelecimentos prisionais, pois conferirá maior rapidez à soltura dos acusados com direito à liberdade. A nova lei prevê ainda que o juiz e a família do preso também deverão ser notificados imediatamente. Falta agora é estruturar as defensorias com internet , veículos, cursos ...
JJ – Falando em jornal, o irreverente João Jorge diminuiu a distancia entre os Montes Claros e a terra do finado carlismo, a Bahia. Agora, ele comanda as noticiais do Brejo das Almas e do Arraia das Formigas. E já tem propostas para retornar em grande estilo para a imprensa da terra de Lena Doida.
CASO IGOR XAVIER - No próximo dia 1 de março estará completando 5 anos do fatídico crime cometido contra o bailarino e ator Igor Xavier pelos assassinos Ricardo Athayde Vasconcelos e seu filho e comparsa Diego. Depois da influencia do irmão do assassino com o governo estadual, agora é a vez do seu advogado de defesa. Ele faz parte da cúpula do secretariado mineiro. Com isso, fica mais difícil acreditar na justiça, uma vez, que os desembargadores, são indicados, em sua maioria, pelo poder executivo. Diferente da 1ª instancia, onde os juízes são concursados.
SESQUICENTENÁRIO - O Festival de Música da 17ª Festa Nacional do Pequi promete relembrar os velhos tempos dos FUCAPs. O Festival será de composições inéditas e tem como objetivo valorizar a produção musical dos compositores e artistas de todo o Brasil, além de proporcionar a descoberta de novos talentos, abordando o tema “150 anos de Montes Claros”. As inscrições estarão abertas de 30/01/07 a 23/02/07, na Secretaria Municipal de Cultura, Praça Dr. Chaves, 32 - Centro - Montes Claros - CEP: 39400-005.
CERVEJA – Na última assembléia da Arquidiocese, ficou decidido que nenhuma paróquia poderia vender bebidas alcoólicas, nas barraquinhas das festas religiosas. Com isso, a Festa de Santos Reis foi um fracasso. A de São Sebastião, quem anda lavando a poldra é Môa, e outros donos de bares naquela proximidade.
PROPAGANDA - Mas a igreja não proíbe os padres de fazerem propaganda. Padre Reginaldo, do Santos Reis, proibiu a festa que os fieis prepararam para homenagear as bodas de prata de Padre Osvaldo, dizendo que ninguém pode ficar apegado a nenhum padre, mas pediu aos fieis para comprar a sua camisa, com foto e tudo, para ajudar aquela paróquia. Já Frei Valdo, ficou uma semana com uma surrada camiseta fazendo propaganda para a Funorte. Tudo em nome de Deus.
Falando nisso... Dom Geraldo não aposentou o ano passado, porque mesmo?
GAFE – Os mestres cerimoniais de Montes Claros, com raras exceções, até hoje não aprenderam chamar as autoridades para compor a mesa. Eles não seguem a risca a hierarquia, como devido. E ainda conversam mais do que o Fastão, antes, durante e depois do discurso da autoridade. Um horror!
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – A UNIPAC de Montes Claros, que foi reconhecida pelo órgão máximo de educação do estado, com o conceito A, formou sua 1ª turma de Administração Pública , na última sexta-feira. A colação de grau, aconteceu no Auditório da Escola Técnica, para a alegria de Totinha, Valeira & Cia.-
KAROBA - PARA alegria de todos e felicidade geral da nação figueirense, a temporada de festas de época está aberta na city, sendo que o “II NOS TEMPOS DA BRILHANTINA” abrirá as portas em “grand style”. Como não poderia deixar de ser, as décadas campeãs são 60 e 70, que serão reverenciadas ali no LUMA’S Buffet, no próximo dia 3 de fevereiro, a partir das 22 horas. SORRIA PERIFERIA!
Pronunciamento de Chávez leva público vaiar a Globo
O presidente citou o herói da independência da Venezuela e de outros países da região Simón Bolívar (1783-1830): "É como uma guerra. Uma artilharia. Simón Bolívar dizia que a imprensa é a artilharia do pensamento. Temos que ganhar a batalha ideológica". Acrescentou: "O jornalismo de hoje é subordinado na maior parte das vezes a interesses contrários ao povo e à pátria. Com exceções honrosas, claro. Refiro-me aos grandes meios de comunicação".
18 de jan. de 2007
Queda de avião bimotor mata duas pessoas no Norte de Minas
SOY UM PEREGRINO QUE AMA BEATLES, ROLLING
17 de jan. de 2007
O rodízio de Inocêncio

Comentando o comentário abaixo
Tiroteios tornam-se freqüentes nas ruas de M. Claros
Chávez e o Dilema de Sísifo
Não é incomum à história da esquerda latino-americana certa intimidade com as estruturas militares. Quase sempre, este vínculo distorce a ideologia de ambas as partes. No caso brasileiro, esta aproximação – que teve em Prestes o dirigente-emblema que liderou o levante dos tenentes na década de 20 e, depois, se tornou o maior dirigente comunista do Brasil, até sua morte – gerou uma inusitada aproximação do discurso marxista com o positivismo.
O filósofo brasileiro Leandro Konder chegou a estudar como este sincretismo baniu qualquer raciocínio dialético das teses dos partidos de esquerda que se aventuraram por esta trincheira. Tudo se resumiu à escatologia, onde o futuro humano estaria predestinado.
Hugo Chávez já escreveu mais uma página desta estranha história que militariza o projeto de esquerda na América Latina. Se ser esquerda, no século XXI, é manter a defesa da igualdade social e agregar a defesa do desenvolvimento sustentável e da democracia participativa, o presidente venezuelano tenta se inscrever nesta agenda de maneira insólita. Como se estivesse enfrentando o mesmo dilema de Sísifo.
Chávez, em princípio, não rompeu com a lógica democrática. Todas mudanças que conquistou foram conseguidas na disputa pública e a partir do voto. É verdade que tentou e sofreu tentativa de golpe de Estado, o que define um terreno político movediço, de lado a lado, entre situação e oposição política. Mas é verdade que várias de suas iniciativas resvalam no que a ciência política denominou de totalitarismo. O totalitarismo, ao contrário do autoritarismo, é caracterizado pela mobilização permanente da sociedade e pela ausência de regras de disputa nítidas, que possibilitam a alternância no poder. Também possui um traço marcante de desconhecimento das estruturas tradicionais de representação social, como sindicatos e demais partidos políticos (que não o da liderança totalitária). Hugo Chávez transita por este caminho, mas não se pode afirmar que esteja instalando o totalitarismo na Venezuela. Por outro lado, caminha para a democracia participativa por atalhos contraditórios. Os conselhos comunais constituem um bom exemplo desta natureza ambígua das iniciativas do governo federal.
Recordemos, ainda que brevemente, o que são estes conselhos. Em 10 de abril de 2006, o governo publicou a execução da Lei dos Conselhos Municipais (Lei 5.806). Uma lei composta de 33 artigos. No mesmo ano, o Ministério de Participação Popular e Desenvolvimento Social anunciava que já existiam mais de 16 mil conselhos desta natureza (há informações não oficiais que já teriam atingido a cifra de 50 mil conselhos comunais em todo o país). Duzentas famílias compõem um conselho comunal. É comum que um conselho seja organizado a partir de assembléias públicas, realizadas em ruas, a céu aberto. Os problemas locais passam a ser administrados pelos conselhos, que recebem recursos federais depositados num banco comunal. Como a lei não define a relação com as câmaras municipais, abriu-se no país um amplo debate a respeito da natureza política desta iniciativa. O debate nacional não se conclui justamente em virtude da ambigüidade das iniciativas de Chávez. É possível intuir que a lei sugere a criação de mecanismos de descentralização da gestão pública e participação direta dos cidadãos em sistemas de elaboração de políticas públicas locais. O nome para esta iniciativa é auto-gestão ou co-gestão pública. Por outro lado, pode significar a ruptura com os entes federativos oficiais. As Câmaras Municipais não estão sob risco, mas é evidente que os conselhos comunais criam uma nova estrutura gerencial de elaboração e administração de políticas locais. Não está nítido se o que ocorre é uma transição para uma estrutura de gestão pública de tipo cubana, onde os conselhos comunais se estruturariam de maneira federativa até chegarem a conselhos macroregionais ou nacional de gestão. Neste caso, todo desenho federativo estaria sendo radicalmente alterado. Mesmo assim, há temas de gestão pública que não se tratam em âmbito local, como é o caso da engenharia e planejamento viário, mas tais limites não são objeto de elaboração governamental.
Toda esta ambigüidade pode ter origem na origem militar do presidente venezuelano. Pode ser, ainda, uma charada que se resolve com sua fixação na figura de Bolívar, uma grande liderança histórica cujos escritos são absolutamente ambíguos em relação à democracia. A centralização voluntarista pode ser uma generosidade que, na prática, tangencia alguns traços totalitários. Pode ser uma aproximação a passos largos com a experiência cubana. Mas pode manter a ambigüidade e se desenhar aos poucos, numa criativa e inusitada experiência de democracia participativa em âmbito nacional.
2. Chavismo: entre a solidariedade latino-americana e o intervencionsimo político
Há toda uma aposta entre analistas políticos sobre as motivações que levam à política externa de Chávez e, principalmente, sua sustentabilidade. A política externa de seu governo é seu principal cartão de visitas. Há, novamente, uma profunda ambigüidade que o tortuoso discurso de Chávez deixa ainda mais nebuloso. Sua política externa é sustentada pelo preço do barril do petróleo que no ano passado chegou às nuvens.
Uma das linhas de interpretação da política externa é a de que Chávez mantém uma política deliberada de confronto. Seu alvo discursivo é a política imperialista dos EUA. Assume uma postura de surfista do sentimento anti-americano mundial. Por aí, constrói uma importante polarização internacional, que coloca a Venezuela no cenário mundial. Há riscos, mas também vantagens evidentes. Uma delas é que consegue se aproximar economicamente de todo bloco declaradamente anti-EUA do mundo. A partir de um foco ideológico, consegue aumentar o poder geopolítico de Chávez. Lula também se aproveita deste novo cenário geopolítico e se posiciona no centro do espectro ideológico latino-americano, ao lado do Chile, procurando consolidar o Brasil como principal interlocutor dos EUA e Europa, num evidente papel mediador. Lula se beneficia de uma tese discutível mas que ganha cada vez mais adeptos entre analistas internacionais e grande imprensa regional que opõe o que seria uma esquerda ruim (composta por Venezuela, Cuba e Bolívia) de uma esquerda boa (composta pelo Brasil e Chile) latino-americana.
Não deixa de ser um jogo diplomático atípico de Hugo Chávez. A Venezuela se mantém como importante pagador dos contratos internacionais e fornecedor de petróleo para os EUA. Corre contra o tempo (o tempo da queda do preço do barril de petróleo) e procura se fortalecer no norte da América do Sul e parte da América Central. Poderá, assim, ser um parceiro com força no Mercosul. Uma força apoiada em dois pilares: o petróleo e o poder simbólico. Para tanto, articula os dois pilares para crescer politicamente junto aos países pobres da região que sugiro ser o seu foco geopolítico prioritário.
Evo Morales é, neste sentido, seu maior trunfo. A assessoria direta de técnicos da Venezuela ao governo boliviano durante o embate recente com a Petrobrás revela uma disputa regional que até então era limitada às forças econômicas de Brasil e México. Não por outro motivo, Chávez criou outra experimentação retórica com o lançamento da Alternativa Boliviariana para a América Latina e Caribe (ALBA), que aproximou ainda mais Venezuela de Cuba. A agressividade da política externa continuou com a compra de Bônus do Governo Nacional Argentino (Boden), título da dívida pública emitido em dólares com vencimento em 2012 (num total de 2 bilhões de dólares). A aproximação com o governo argentino começa a criar um novo pólo no interior do Mercosul. Chávez sugeriu, inclusive, a criação de um Bono del Sur. O Paraguai procurou tomar o bonde desta história e ofereceu ao presidente venezuelano títulos da dívida paraguaia com a usina hidrelétrica de Itaipu. A Venezuela, até o início deste ano, já havia investido mais de 6 bilhões de dólares para financiar projetos estratégicos na América do Sul, incluindo até mesmo o financiamento da escola de samba brasileira, Unidos da Vila Isabel, no desfile do Carnaval de 2006 (a PDVSA doou 2 milhões de reais à esta escola de samba).
O discurso de Chávez se funda no nacionalismo e na identidade latino-americana. E, novamente, se consolida no duplo pilar. Daí sua proposta mais ousada e de maior impacto ter sido a integração regional a partir da criação da Petrosul, Petrocaribe, Telesul e gasoduto continental. Entretanto, o sucesso de sua política externa parece menos nítida em alguns episódios. Este foi o caso da eleição da Nicarágua, que elegeu o líder sandinista Daniel Ortega. É sabido o quanto o governo venezuelano se empenhou diretamente na vitória de Ortega. Chávez procurou cobrar este apoio logo após a vitória eleitoral. Ocorre que se Ortega se alinha na política externa (como na franca oposição à proposta do subsecretário norte-americano Robert Zoellick, de fortalecimento do acordo comercial conhecido como Cafta, envolvendo EUA, El Salvador, Nicarágua, Guatemala, Costa Rica, Honduras e República Dominicana), não há nenhuma sinalização concreta que seguirá os passos de Chávez em sua política interna, inclusive em virtude da aliança política que o levou ao poder. Na política externa, as sinalizações são concretas. Este foi o caso da recusa, no início de fevereiro, do governo destruir mísseis anti-aéreos, como desejava a Casa Branca. Contudo, o pacto estabelecido em 1999 entre Ortega e Alemán (ou os partidos PLC e FSLN) indica uma política interna totalmente oposta. A vitória eleitoral de 2006 foi armada a partir de um acordo liderado por Daniel Ortega com parte dos contras (forças guerrilheiras conservadoras de resistência ao primeiro governo sandinista, treinadas pela CIA). Jaime Carazo, um ex-contra, é aliado e governa a Nicarágua com Ortega. Em 2005, o líder sandinista já havia confessado publicamente à alta cúpula da Igreja Católica de seu país, os pecados sandinistas dos anos 80. A aproximação com a Igreja Católica gerou, na prática, o voto de deputados sandinistas contra o aborto. Durante a campanha, em 29 de setembro, Ortega se reuniu com investidores dos EUA para garantir a não ruptura com acordos econômicos. Não há, portanto, alinhamento político de Ortega com Chávez. O presidente venezuelano, contudo, mantém sua persistência e cobra a fatura do apoio político. Transita, mais uma vez, pela incoerência ou contradição política. Segue forçando a hegemonia do seu governo sobre parte do continente. Em suma, sua política externa é ambígua, não declarada, agressiva e ofensiva. Sua força reside nos dividendos oriundos do petróleo e no seu discurso voltado para a construção de uma imagem de pobreza ressentida latino-americana. Não se trata, assim, de uma política isolacionista, como crêem alguns analistas da grande imprensa. É antes um estratagema geopolítico que conseguiu situar a Venezuela num espaço internacional poucas vezes percebido na história do país.Entre um projeto pessoal ambicioso e uma estratégia ideológica socialista, é difícil diferenciar a retórica da intenção objetiva e concreta. Segue, assim, sua contradição original: entre a centralização política e a participação dos cidadãos, entre o respeito aos acordos comerciais internacionais e o discurso anti-EUA, entre o cerco aos países com economia menos pujante da América Latina e a não ruptura com os principais líderes do continente.