1. Belzonte, quem diria,
Que ocê viria um dia
Se transformá de capitá
Num bitelo arraiá
2. Nos araiá os homes mandam
De dotô a coroné
Com’é triste a sina lá
Nóis dicá sabe cumé.
3. Um coroné se ajunta
C’um coroné maió.
Aí, uai, a gente sabeQue nóis levemo a pió.
Que ocê viria um dia
Se transformá de capitá
Num bitelo arraiá
2. Nos araiá os homes mandam
De dotô a coroné
Com’é triste a sina lá
Nóis dicá sabe cumé.
3. Um coroné se ajunta
C’um coroné maió.
Aí, uai, a gente sabeQue nóis levemo a pió.
1. LIBERTAS QUÆ SERA TAMEN
Faz um triango do bem
Triango é coisa de Deus
Pai, fio e o espírito amém.
2. Do triango das Bermudas
Todo mundo qué saí
Do triango amoroso
O gostin é bão sinti.
3. O triango tambeim serve
Pros dinhero se lavá...
Mas triango na política
Tem trem pra se ocurtá.
4. Qui tão ocurtano os treis
O Aéço, o Márcio e o Pimenté?
Dum trem nóis tem certeza:
Num é coisa de muié.
5. Antão será coisa de dinhero?
Isso num dá pra pensá
Os moço são honesto
Num tem alma pra negociá.
6. O certo antão sô moço
Que cada quar tem seu prano
E oceis da capitá
Vão purgá por quatro ano.
7. E nóis do resto de Minas
E dos otro estados forero
Vamo vê o Pimenté
Guvernadô dos minero.
8. De quebra vai o Aecim,
Todo bunito e facero,
Presidente da república
Vendê o Brasi prusistrangero
Um comentário:
PARA ONDE VAI O PT? E O “PETISMO” VAI JUNTO?
Se os interesses que motivaram as nossas lideranças petistas fossem, pelo menos, os que refletem o “bairrismo”, ao tentarem nos enfiar “goela abaixo” a aliança com o PSDB do Aécio Neves, do FHC, do Serra – belicosos adversários do PT – para a sucessão de dezesseis anos na capital do Estado, poderíamos supor que é uma reação ao predomínio dos paulistas no poder nacional. Quer dizer, uma repetição, 78 anos depois, do levante dos mineiros que se uniram em armas aos gaúchos e paraibanos, para derrubar a Velha República, porque os barões do café não cumpriram o pacto com os fazendeiros do leite, da política da dobradinha “Café com Leite”.
Mas não são nem elevados e nem medianos os interesses que atam acordos dessa natureza. É a Velha República que revive, reatualizando o persistente coronel nas figuras emblemáticas de lideranças, que a militância petista criou nas últimas três décadas, pensando estar enterrando o “coronelismo”.
O “Petismo”, nesta hora que antecede às eleições municipais, deve ter em mente que ainda não está tão habituado às decisões de cúpulas, às alianças pragmáticas e não programáticas e aos oportunismos de suas personalidades. E também não percebeu que o PT caminha para se tornar um partido da “Velha República”, se não for reatada a organicidade com a base social que lhe deu vida e vigor para mudar o Brasil. Quer dizer, respeito à base.
Valmore
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