O ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, esteve em Montes Claros nessa terça-feira, 27, participando da plenária das prévias do PT que acontecerá no próximo domingo, dia 2, entre ele e o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel.
Patrus lembrou que as prévias no PT são pedagógicas e nasceu com um claro compromisso com a democracia e com a sociedade, principalmente para fortalecer a democracia interna com os filiados e militantes do Partido dos Trabalhadores, que á o maior patrimônio do PT. E é por isso que há meses ele vem discutindo sua realização, de acordo com o estatuto do PT – no seu entender uma espécie de Constituição interna – que precisa ser respeitado porque está acima dos dirigentes. Patrus fez questão de dizer que Minas não vai aceitar a imposição de parte da direção nacional que quer desrespeitar esse processo democrático decidido pelos filiados com decisões de cima para baixo, sendo que até o próprio presidente Lula, a maior liderança do PT, teve que se submeter às prévias, disputadas em 2002 com Eduardo Suplicy, para ser o candidato do partido à Presidência da República.
Segundo Patrus, em 2005 o PT viveu a pior crise da sua história, onde alguns companheiros cometeram erros e a partir daí os adversários tentaram tirar proveito do fato de todas as formas. “Teve um, inclusive, que disse que iria acabar com a nossa raça, a raça dos petistas. Mas, em 2006, o PED (Processo de Eleição Direta) recolocou de pé o Partido dos Trabalhadores e reafirmou o PT histórico, com mais de 330 mil filiados se manifestando, o que a todos surpreendeu”.
Patrus descartou a possibilidade de disputar uma cadeira no Senado ou na Câmara Federal, dizendo que descompatibilizara do Ministrério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome para disputar o governo de Minas, para governar para todos os mineiros, principalmente para os mais pobres, como fizera na Prefeitura de Belo Horizonte e no Ministério. Que a Prefeitura de Belo Horizonte foi um divisor de águas, mudando os rumos da história da capital mineira, e de onde saiu com 83% de aprovação popular e que o MDS nunca teve contra si uma denúncia do ponto de vista ético. E que até os adversários reconhecem que o Brasil vem acabando com a fome e a injustiça, graças ao trabalho de uma equipe séria e competente de apenas 1.400 servidores para atender a mais de 60 milhões de pessoas pobres em todos os municípios. “Mesmo assim, optei por deixar o ministério para disputar o governo de Minas, motivado por um projeto e um sonho que é o de governar Minas”.
Tenho consciência da importância do trabalho de equipe, porque ninguem faz nada sozinho e precisamos construir boas equipes para mudar os rumos de Minas.
Finalizando o seu pronunciamento, o ex-ministro alfinetou o atual governo estadual pelo propalado choque de gestão, que, na sua avaliação, não passou da esfera administrativa, se tanto, e deixando de lado, relegado a um segundo plano, esse sim, o choque de gestão social, haja vista que todos os indicadores sociais, da educação à saúde, decaíram na atual administração.
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Um comentário:
Cara, ficou muito bom este novo template para o seu blog. Parabéns. Vou levar este post para o Língua.
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