Após uma sucessão de erros do PMDB, sigla afasta-se do PT. Já não existe mais clima de confiança para uma coligação
Mesmo diante da solicitação do ministro Hélio Costa para que o presidente Lula interceda a seu favor é praticamente impossível a reversão do atual quadro, desfavorável à coligação do PT ao PMDB, “a não ser que o PMDB aceite a vice, o que é muito difícil”, informa uma fonte ligada ao Palácio do Planalto.
“Minas Gerais transformou-se em uma ilha, em matéria de informação. Os veículos não noticiam nada que possa esclarecer o eleitor mineiro”, explica a mesma fonte.
“Na verdade em São Paulo e outros estados o PMDB encontra-se abertamente com o PSDB. Desta forma, a não coligação do partido com o PT mineiro não tem a importância que tem sido dada, pois não será fato novo, nem isolado”.
“Evidente que as últimas eleições para direção da legenda em Minas já demonstravam que o caminho natural do partido seria o de coligar-se com o PSDB, e Lula sabe disto”, conclui.
Diante deste quadro, o cenário político mineiro é inteiramente diferente do que até agora é noticiado.
Por este motivo o Palácio do Planalto nunca emitiu qualquer nota oficial a respeito. Entrar no assunto seria apenas jogar luz em um fato que já se sabia qual seria o resultado.
A mesma fonte informa ainda sobre a existência de um acordo secreto entre o PSDB e PMDB mineiro, que fixou um prazo de até o final do mês de abril para que a candidatura de Anastasia decolasse. Deste modo seria entregue a vice ao PMDB. Caso contrário, o PSDB ficaria com a vice do PMDB.
Se tudo desse errado, Itamar Franco sairia candidato a governador com um vice do PSDB e Hélio Costa a senador junto com Aécio Neves.
Evidente que não contavam com a candidatura do vice-presidente José Alencar, nem com o amadurecimento do PT mineiro, que mesmo desunido entre Patrus e Pimentel manteve-se fiel à candidatura própria do partido.
Este novo cenário praticamente desmonta a pretensão de pelo menos 60% dos atuais deputados estaduais e federais, tornando a renovação nas casas legislativas maior ainda.
Em relação às eleições para o Senado, a confusão ficará maior ainda. Do jeito que está, Hélio Costa, que prefere não correr qualquer risco, poderá optar por uma segura candidatura a deputado federal. Caminho que também deverá ser seguido por Pimentel.
Fonte: Novo Jornal
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