Caminhando para o oitavo ano do truculento e inesperado assassinato cometido contra o saudoso bailarino, ator e coreografo Igor Xavier, pelos até então “cidadãos de bem” Diego Rodrigues Athayde Vasconcelos e Ricardo Athayde Vasconcelos, que surpreendeu toda Montes Claros no dia 1º de março de 2002, e após o crime os assassinos confessos fugiram para o bairro Sion em Belo Horizonte. Onde até hoje residem.
Marlene e Mazinho Xavier, os pais do bailarino vivem um dilema, pois apesar de muita luta, juntamente com familiares, amigos da classe cultural e sociedade civil, até hoje o julgamento não se deu e os assassinos vivem em plena liberdade, sem em nenhum momento serem incomodados pela justiça e muito menos pela polícia.
No tribunal de justiça de Minas gerais tramita de forma muito lenta o processo de número 1.0433.02.04478-1/001 no cartório da 1ª Câmara Criminal em Belo Horizonte. Por não entender, nem concordar, com a lentidão desses procedimentos a família, juntamente com os amigos do bailarino Igor Leonardo Lacerda Xavier, criou há dois anos a Associação Sociocultural Igor Vive, para preservar a memória do bailarino e lutar por justiça.
No último dia 17, no Teatro da Assembleia Legislativa, aconteceu o espetáculo/denuncia TRIBUTO AO BAILARINO ASSASSINADO IGOR XAVIER, com participação dos artistas de Montes Claros e Belo Horizonte: Aroldo Pereira, Simone Xavier, Giovanne Sassá (Tambolele), Carluty Ferreira, Bob Marcilio, Jovino Machado, Danny Maia, Ronaldinho Pio, Rogerio Salgado & Virgilene Araujo, Carlos Faria, Marcio Levy, Gilberto de Abreu, Wagner Torres, Helena Soares, Carloman Bonfim, Jose Edward Lima, Clecius Rodrigues.
Os artistas juntamente com os pais do Igor Xavier, perguntam: como vivem Ricardo e Diego, pai e filho, após terem cometido tão brutal assassinato? Será que esses cidadãos têm a consciência tranqüila? É verdade que o Diego Rodrigues Athayde Vasconcelos cursa direito na PUC/BH? O que os faz terem certeza de que nunca serão punidos? Por que a justiça não se pronuncia? É verdade que a banca de advogados os defende, a peso de ouro e muita influencia política? Como a justiça permite tantos recursos com os quais eles, os assassinos, conseguem adiar seguidamente o julgamento?
Este evento em Belo Horizonte , onde o Igor Xavier também atuou na cena cultural na década de 1990, inclusive no elenco da peça de Roberto Drummond Hilda Furacão, a Associação Sociocultural Igor Vive foi para provocar a imprensa belorizontina a buscar algumas dessas respostas.
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