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20 de fev. de 2007

indiciado Juvenil se antecipa a expulsão e pede desfiliação do PT


O deputado Juvenil Alves protocolou na última sexta-feira no diretório mineiro do PT o seu pedido de desfiliação do partido. Ele foi indiciado pela Polícia Federal em inquérito que investigou um esquema de blindagem patrimonial de empresas devedoras de tributos e sonegação fiscal. Juvenil também é suspeito de cometer crime eleitoral. Por conta das acusações, enfrentava processo na Comissão de Ética do PT, que poderia culminar com sua expulsão. Os trabalhos deveriam ser concluídos no início de março. A decisão já era esperada e foi recebida com alívio por dirigentes do PT mineiro. "Na minha opinião, ele se antecipou e poupou o Partido dos Trabalhadores. Ele impôs a si a pena máxima que o partido deveria impor", disse o vice-presidente estadual do PT, Chico Simões. Prefeito de Coronel Fabriciano, Simões disse que defenderia a expulsão de Juvenil no encontro do diretório mineiro, no dia 3. O dirigente acha que a bancada federal deve propor que o deputado seja investigado pelo Conselho de Ética da Câmara. Estreante na política, o advogado tributarista foi eleito deputado federal com mais de 110 mil votos, a maior votação alcançada por um candidato do PT de Minas à Câmara. Mas teve as contas rejeitadas por unanimidade pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que apontou ilícitos eleitorais. Durante a campanha, Juvenil fez doações e dobradinha com petistas e candidatos de outros partidos. Ele declarou ter arrecadado R$ 415.420,00 e gastos de R$ 415.242,95, mas foi flagrado numa conversa telefônica - interceptada pela PF durante as investigações - com o deputado estadual reeleito Durval Ângelo (PT), na qual reclama que a campanha já tinha gerado gastos de cerca de R$ 5 milhões. A Procuradoria Regional Eleitoral requisitou em janeiro à PF instauração de inquérito policial para apurar a eventual prática, pelo deputado, de crimes eleitorais. Em novembro do ano passado, após Juvenil ser preso preventivamente durante a Operação Castelhana, da PF, a executiva estadual petista suspendeu temporariamente sua filiação. O deputado foi apontado como o mentor e executor de esquema que teria causado prejuízo estimado de pelo menos R$ 1 bilhão aos cofres públicos e envolveria a abertura de offshores no exterior em nome de laranjas. Ele foi indiciado por sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e evasão de divisas. Outras 29 pessoas também foram indiciadas. As conclusões da PF levaram o Conselho de Ética da seção mineira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) a decidir instaurar um processo para investigar Juvenil por suposta violação de conduta disciplinar. Coração O deputado nega todas as acusações. Em nota à imprensa, Juvenil disse que decidiu deixar o PT por razões de foro íntimo e citou o filósofo, físico e matemático francês Blaise Pascal. "Quando os motivos são emanados do coração, a razão deles não conhece." Ele disse que "vem sendo sondado por outras legendas, mas ainda estuda qual o melhor caminho a seguir para servir aos seus 110.651 eleitores e à sua ideologia política".
Agência Estado

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