É difícil ficar indiferente após assistir à exibição de "Três Irmãos de Sangue", documentário que estreou no último fim de semana. Há um lado apaixonadamente familiar, solidário e militante dos protagonistas que faz pensar. Muito.
O documentário, finalizado em 2005, narra a trajetória comum dos irmãos Henrique de Souza Filho (ao lado), Herbert José de Souza e Francisco Mário de Souza, ou, respectivamente, Henfil, Betinho e Chico Mário, como eram conhecidos.
Os três viveram uma série de coincidências. Eram hemofílicos e morreram por causa da Aids, vírus que contraíram em bancos de transfusão de sangue. Pontos comuns que dão título ao documentário.
Mas, ao invés de ser uma narrativa sobre a morte, a produção caminha em sentido oposto. Capta algo que era característico nos três: a necessidade de viver intensamente cada dia, antes e, principalmente, depois de saberem da doença.
Todos queriam ser músicos. Henfil se imaginava até como um dos Beatles.
O documentário, finalizado em 2005, narra a trajetória comum dos irmãos Henrique de Souza Filho (ao lado), Herbert José de Souza e Francisco Mário de Souza, ou, respectivamente, Henfil, Betinho e Chico Mário, como eram conhecidos.
Os três viveram uma série de coincidências. Eram hemofílicos e morreram por causa da Aids, vírus que contraíram em bancos de transfusão de sangue. Pontos comuns que dão título ao documentário.
Mas, ao invés de ser uma narrativa sobre a morte, a produção caminha em sentido oposto. Capta algo que era característico nos três: a necessidade de viver intensamente cada dia, antes e, principalmente, depois de saberem da doença.
Todos queriam ser músicos. Henfil se imaginava até como um dos Beatles.
O sociólogo Betinho (ao lado) diz que desistiu depois de ouvir os primeiros acordes de Chico Mário no violão. O talento dele, o único a seguir essa carreira, inibiu as aspirações dos demais. Betinho passou a se destacar como militante, dom que o seguiu até a morte, em 1997. Viveu exilado, esteve à frente do Ação da Cidadania, movimento social de combate à fome, que apostava na solidariedade do brasileiro.Quem acompanha quadrinhos sabe exatamente onde Henfil se destacou. Ele representou para o desenho de humor brasileiro o que Quino –criador da Mafalda- significou para a área na Argentina. Mesmo grandes nomes do meio reconhecem isso. É o caso de Ziraldo, um dos entrevistados do documentário de Ângela Patrícia Reiniger. Ziraldo diz que o cartunista conseguia dar um ar absurdamente expressivo à Graúna (ao lado), uma das criações de Henfil. "E só com três tracinhos no rosto dela", comentava, visivelmente espantado.A economia de traços era uma das características de Henfil.
Ele revela, numa gravação dele reproduzida em "Três Irmãos de Sangue", que sempre flertou com o movimento do cinema. Por isso, as linhas cinéticas (indicadoras de movimento nos quadrinhos) eram em geral onduladas. O recurso, segundo ele, acentuava o efeito de movimento no leitor.Outra cena de arquivo mostra o cartunista desenhando a Graúna e o Fradinho Baixinho. Como desenha rápido. Ele mesmo admitia.
Henfil morreu em 1988. Chico Mário (na foto ao lado) perdeu a vida pouco depois, no mesmo ano. Betinho, como já comentado, foi o último a falecer, em 1997. Mesmo mortos, permanecem vivos por meio do trabalho que fizeram. O documentário é uma prova disso.Em tempo: há outro documentário sobre Henfil, "Cartas da Mãe", de 2003, disponível na internet. Dura 28 minutos.
2 comentários:
EU ESTOU PRCISANDO D ALGO Q FALE DAS OBRAS D BETINHO E DE SUAS IDEIAS...MAS Ñ ENCONTRO EM NENHUM SITE..O PIOR E Q MEU TRABALHO E P/AMANHA E MEU PROF E XATO P/CARAMBA..Ñ VAI ACEITAR INCOMPLETO..AI MEU DEUSSSSS!!!!!!
poderia ser maior.
olha o tamanho desse texto!
preciso de algo maior e completo.né verdade,galera?
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