Em 1989, usaram Míriam Cordeiro. Ex-namorada de Lula, ela apareceu na televisão para dizer ao Brasil que ele lhe pedira para fazer um aborto da filha que esperava dele. Como isso não foi o bastante, ainda fizeram uma edição criminosa do último debate entre Lula e Collor para ser exibida no Jornal Nacional. Lula perdera o debate, mas não da forma como foi mostrada na edição. Em 1998, quase quebraram o país com a farsa da paridade do real com o dólar, com o mesmo objetivo: impedir a vitória de Lula. Menos de duas semanas após FHC ser empossado como presidente reeleito, a paridade acabou numa fogueira que queimou bilhões de dólares do país. Em 2002, tentaram novamente incutir na população o medo da eleição de Lula. A cotação do dólar disparou, o risco-país foi às alturas, novamente colocaram o país à beira do precipício. Só que não colou, e Lula se elegeu.
Acharam então que ele não duraria muito. E quebraram a cara. Mas, quando estourou o "escândalo do mensalão", eles sorriram. Quando as pesquisas começaram a mostrar uma queda de Lula, respiraram aliviados. Em vez do impeachment, pensaram: "vamos deixá-lo sangrar em praça pública, para que nunca mais o povo se atreva a eleger outro 'Apedeuta'".
Mas Lula se recuperou. Surpreendentemente - para seus adversários - o "Apedeuta" estava vivo. Mais do que vivo, rumando para vencer as eleições no primeiro turno. Agora, com o dossiê dos Vedoin, tentam encurralar novamente o presidente. Mesmo indo contra as palavras do tucano-mor, Fernando Henrique Cardoso, que, em entrevista publicada no Globo de hoje (página 17), afirma que Lula não só foi contra a utilização do dossiê Cayman nas eleições de 2002, como a denunciou ao PSDB. O objetivo dessa turma é um só: tirar Lula de lá. Nem que para isso seja necessário quebrar o país. Nem que para isso seja necessário provocar uma guerra civil. E ainda fazem tudo isso dizendo querer o melhor para o Brasil.
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