Revista Veja que chegou ontem às bancas traz reportagem sobre a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de averiguar a utilização de financiamento ilegal, o chamado caixa dois, na campanha de Hélio Costa (PMDB). Matéria traz fotos e citação de políticos envolvidos com o esquema em épocas passadas, entre os quais o prefeito licenciado de Uberaba Anderson Adauto (PMDB).
O relato jornalístico está focado nas viagens feitas pelo candidato em aviões e helicópteros da Helimarte Táxi Aéreo, sem justificar os gastos ao TRE, bem como os responsáveis pelo pagamento.
De acordo com a reportagem, Hélio Costa afirma que a despesa não consta na prestação de contas por ter sido paga pelo PMDB. Contudo, o gasto não aparece na documentação fornecida pelo partido ao tribunal. A omissão foi creditada ao pagamento efetuado uma semana após a remessa dos papéis.
A reportagem desmente a informação, alegando ter tido acesso à nota fiscal das viagens aéreas emitida pela empresa oito dias antes de o PMDB protocolar os documentos do TRE e sete depois de o governador e candidato à reeleição, Antonio Anastasia (PSDB), questionar a origem dos recursos.
A reportagem disse considerar que a situação cedo ou tarde deva ser resolvida, mas cita como “mau presságio”, devido ao fato de a campanha do senador reunir políticos suspeitos e confessos de uso do caixa dois, citando AA como coordenador de campanha e personagem do mensalão.
Ao colocar a campanha na mira da utilização de recursos ilegais, a revista Veja enfoca ter o prefeito licenciado recebido R$ 1 milhão do publicitário Marcos Valério, respondendo a processo por corrupção e lavagem de dinheiro.
No centro da fogueira aparecem Ivan Guimarães, funcionário de confiança do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, e o ex-ministro da Saúde Saraiva Felipe, suspeito de integrar esquema de desvio de dinheiro na compra de ambulância, escândalo conhecido como máfia dos sanguessugas.
Reportagem coloca “nas nuvens” os feitos da administração tucana, apontada em gestão exemplar que recuperou um Estado falido com dívidas próximas a R$ 5 bilhões e um rombo no orçamento de R$ 2,3 bilhões.