O ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, esteve na Assembleia Legislativa, no último dia 9/6, para falar sobre a crise e as medidas do governo Lula para enfrentá-la.
Patrus afirmou que os programas sociais, como o Bolsa Família, os dirigidos a idosos e adolescentes - coordenados no Ministério do Desenvolvimento Social(MDS) - “são parte da solução para a crise ao estabelecerem um círculo virtuoso do desenvolvimento econômico vinculado ao desenvolvimento social.” Ele participou de audiência na Comissão Extraordinária para o Enfrentamento da Crise Econômico-Financeira Internacional, na terça, 9/6.
Em números, o ministro Patrus apontou que a pobreza no Brasil continua diminuindo, apesar da crise financeira internacional. A taxa de pobreza de março de 2009 ficou em 30,7%, contra 42,7% no mesmo mês em 2008. “Entre os fatores para esse resultado estão a rede de garantia de renda aos pobres.” Os dados são de maio desse ano, produzidos pelo IPEA – Instituto de Pesquisas Aplicadas, que analisam as seis principais regiões metropolitanas do país (Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Recife, Belo Horizonte e Porto Alegre). Outro dado apresentado foi que o estudo divulgado pela FGV(Fundação Getúlio Vargas), em fevereiro de 2009, confirma a ascensão social e a expansão da classe C no país. Em dezembro de 2008, a “classe média emergente” correspondia a 53,8% do total de brasileiros das seis maiores regiões metropolitanas do Brasil avaliadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Mensal de Emprego. Também o Anuário lançado em janeiro de 2009 pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) mostra que os supermercados do Nordeste faturaram mais do que as outras regiões e que aumentou o consumo das classes D e E.
Segundo a instituição, o Bolsa Família contribuiu para este cenário, acrescentando até 58% na renda das famílias nordestinas. As classes C e D se transformaram na principal base de consumo no País.
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