Rubnei Quícoli teria acusado a candidata petista Dilma Rousseff e o partido de receberem valores ilícitos para financiar campanha
O PT protocolou nesta sexta-feira (17) na 2ª Zona Eleitoral de São Paulo pedido para que o Ministério Público Eleitoral denuncie o empresário Rubnei Quícoli por crime contra a honra do partido e da candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff. O empresário acusou pessoas ligadas à Casa Civil de tráfico de influência e cobrança de propina.
Quícoli disse, nessa quinta-feira (16), que parte do dinheiro que seria cobrado por integrantes da Casa Civil para interceder por um empréstimo junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que seria usado para saldar dívidas da campanha de Dilma, da ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra e do ex-ministro e candidato ao governo de Minas Gerais Hélio Costa. Todos os citados negaram as acusações.
Os advogados do PT querem que seja aberta ação penal contra o empresário pelos crimes de calúnia e difamação, por ter acusado Dilma e o partido de receberem valores ilícitos para financiar campanha e de usar posição ou cargo para obter vantagem indevida.
Na ação, a defesa da candidata petista afirma que houve intenção eleitoral nas declarações de Quícoli. Os advogados afirmam que, se a intenção do empresário fosse apenas denunciar os fatos, isso deveria ter sido feito no início de 2010, época em que supostamente teriam ocorrido.
“Embora os crimes relatados não tenham sido perpetrados na propaganda eleitoral, têm nítida natureza eleitoral já que as declarações revelam o evidente escopo de interferir na vontade do eleitor. A divulgação dos fatos na imprensa, nos quinze dias que antecedem as eleições, tem nítido escopo de turbar o processo com denúncias falsas que repercutem no eleitorado”, afirmaram os advogados do PT.
Segundo a defesa do PT, a intenção de “afetar a credibilidade” da candidata da legenda poderia estar caracterizada nos e-mails enviados pelo empresário a integrantes da Casa Civil. Segundo a ação, nas mensagens, Quícoli ameaçava - caso seus projetos não fossem aprovados - relatar os fatos a jornalistas e ao então governador de São Paulo, José Serra (PSDB), cotado na ocasião para ser candidato ao Palácio do Planalto. As informações são do G1.
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